A campanha começou no Brasil e, nos EUA, o noticiário continua se apoiando na Associated Press, que é uma cooperativa dos principais veículos americanos.
A agência foi até Juiz de Fora e São Bernardo do Campo para despachar que a "Campanha do Brasil começa em meio a temores de violência". Abrindo o texto, detalha que há uma "crescente preocupação com a violência política e as ameaças à democracia".
O tom foi o mesmo na Europa, com textos dos correspondentes. No inglês The Guardian, "Campanha é lançada em meio a temores de violência e sublevação". Logo abaixo, "O presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro está atrás nas pesquisas e deu a entender que não vai entregar o poder se for derrotado".
No noticiário da rede alemã ARD, Tagesschau, "Bolsonaro nos passos de Trump?". Em segundo destaque, "As pesquisas colocam Lula à frente, mas muitos se perguntam se Bolsonaro aceitaria a derrota".
No francês Libération, "Lançamento de campanha sob alta tensão". Outro francês, Le Monde, destacou que "Lula entra na campanha para derrubar Jair Bolsonaro".
Já o alemão Süddeutsche Zeitung produziu um perfil de Michelle Bolsonaro, "Primeira-dama e 'arma secreta' na campanha do marido" (acima). Diz que "as pesquisas podem estar erradas, e Bolsonaro está lentamente ganhando votos –especialmente entre as mulheres".
O Financial Times perfilou outra arma, o "Big Centre", sob o título "Centrão: os fazedores de reis sustentando Bolsonaro", com apoio "em troca de influência e verbas públicas".
CORRIDA AO BRASIL
Independentemente da campanha, China e Europa seguem buscando o país para contornar os problemas na oferta global de alimentos.
Na Caixin, "China acelerará importações de milho do Brasil em meio à guerra na Ucrânia e às tensões com os EUA". Na agência Reuters, "União Europeia entra em contato com o Brasil para retomar negociações do pacto comercial com o Mercosul", isso "em meio a rápidas mudanças nas cadeias de suprimentos globais".
Por outro lado, o FT, inclusive em sua edição em chinês, alerta em longa reportagem para "O outro desmatamento no Brasil: o boom da agricultura de savana foi longe demais?". Refere-se ao Cerrado, "ameaçado por décadas de agricultura intensiva".
'ORWELLIANO'
O New York Times descreve em sua manchete digital nesta terça como "lei sobre saúde, clima e impostos". Mas o título oficial do que Joe Biden assinou é "Lei de Redução da Inflação", o que vem sendo chamado de "orwelliano", pela fraude nominal, do Wall Street Journal à rede ABC —acima, cobrando a porta-voz da Casa Branca, que até agradeceu a pergunta, mas não respondeu.
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