Em extensas reportagens, a americana Bloomberg noticia que "Operadores [financeiros] do Brasil se preparam para turbulência ao estilo 6 de Janeiro ligada às eleições", e o inglês The Guardian, que "Brasil se prepara para turbulência na véspera dos comícios do Dia da Independência de Bolsonaro" (ambas reproduzidas abaixo).
Mobilizando sete repórteres, a Bloomberg parte de um alerta de Luis Stuhlberger, "uma lenda nos círculos de investimentos brasileiros", sobre o cenário de "república das bananas" para o país, com a recusa do sistema de votação por Bolsonaro.
Ouve diversos operadores, "a maioria se negando" a sair do anonimato, com projeção semelhante. "Um indicador do risco está chegando: o Dia da Independência em 7 de setembro, quando apoiadores de Bolsonaro planejam comícios em várias cidades", avisa a reportagem.
O Guardian se concentra nas declarações de Alexandre Martins, sargento aposentado da Polícia Militar no Rio, que pretende estar em Copacabana com a camiseta da seleção, mas sem sua arma semiautomática. "Vai entrar para a história. Será um momento único, um divisor de águas… Vai assombrar o mundo", diz ele.
E a revista americana Time destaca que "Meta não consegue impedir repetição de 6 de Janeiro no Brasil, alerta relatório". Em suma, a empresa "está fracassando em evitar que um movimento no estilo 6 de Janeiro ganhe força no Facebook e WhatsApp".
MUITO MEDO
Uma semana atrás, o New York Times chegou a publicar "Autoridades alcançam trégua sobre máquinas de votação atacadas por Bolsonaro", com o acordo entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e o general-ministro Paulo Sérgio Nogueira.
Mas no dia seguinte os enunciados no exterior já começaram a mudar, para "Tentativa de assassinato na Argentina assusta candidatos presidenciais brasileiros". De Eleonora Gosman, no argentino Perfil:
"Como consequência dos acontecimentos em Buenos Aires, há muito medo sobre o que pode acontecer no Brasil com a comemoração do Dia da Independência, na próxima quarta, 7 de setembro."
ALIANÇAS AMAZÔNICAS
Na cobertura externa, na contracorrente da agenda estimulada por Bolsonaro (religião, depois corrupção, agora patriotismo), a Amazônia segue com prioridade constante.
Na Bloomberg, "Lula busca consertar alianças do Brasil desgastadas pela destruição da Amazônia". Antes, como "exclusiva" na Reuters, "Lula pressiona por aliança Brasil-Indonésia-Congo se eleito", um cartel dos maiores países com floresta tropical.
DIESEL, A UMA SEMANA DA ELEIÇÃO
Por outro lado, o site russo EAD, citando o portal de navegação Vesselfinder, noticia que "um navio-tanque com óleo diesel russo [NS Pride, acima] partiu de São Petersburgo no dia 2 e planeja chegar a Santos no dia 25 de setembro", como havia prometido Bolsonaro.
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