Correspondente da Folha na Ásia
No NYT, 'Um homem agora pode decidir o que pode ser dito no Brasil'
Jornal questiona 'poder unilateral' de Alexandre de Moraes, 'uma das ações mais agressivas' contra desinformação no mundo
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No título do New York Times, reproduzido abaixo, "Um homem agora pode decidir o que pode ser dito online no Brasil". No segundo enunciado, "Autoridades concederam ao chefe das eleições amplos poderes para ordenar a remoção de conteúdo online, numa tentativa de combater a crescente desinformação".
O título foi modificado posteriormente, virando "Para combater mentiras, Brasil dá poder a um homem sobre o discurso online".
Abrindo o texto do correspondente Jack Nicas, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, diante da "torrente de desinformação, recebeu poder unilateral para ordenar que as empresas de tecnologia removam postagens —uma das ações mais agressivas tomadas por qualquer país para combater informações falsas".
O jornal ouve de Carlos Affonso Souza, professor da UERJ, que "é um movimento arriscado" e "isso pode ir longe demais, dependendo de como ele exercer esses direitos".
DESINTEGRAÇÃO DA DEMOCRACIA
Outros veículos, como a alemã Der Spiegel, destacaram que o prazo de duas horas para "apagar a desinformação preocupa plataformas", descrevendo a reunião de Moraes com Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), Google/YouTube, Microsoft/LinkedIn, TikTok e Telegram.
Cita o argumento do ministro de que a desinformação, no volume alcançado, ameaça levar à "desintegração da democracia".
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