Na agência chinesa Xinhua, "Pesquisas mostram que distância entre candidatos nas eleições presidenciais no Brasil diminui". Na Reuters, sobre o Datafolha, "Pesquisa: Lula e Bolsonaro estão estatisticamente empatados na corrida presidencial".
Outras agências, como a francesa AFP, e jornais com cobertura extensiva da campanha, como o espanhol El País, vão na mesma direção. "Restam apenas quatro pontos" de vantagem para Lula.
No texto mais lido de seu site americano, a Bloomberg também noticiou, "Bolsonaro corta liderança de Lula", registrando a explicação:
"Segundo um assessor, a posição de Bolsonaro está melhorando graças aos programas sociais e a uma economia mais forte, enquanto Lula sofre por não conseguir explicar completamente os escândalos de corrupção. Também decisivo é o apoio dos governadores de Minas e Rio, bem como do principal candidato em São Paulo, disse o assessor."
Depois acrescentou, com a pesquisa Ideia "estatisticamente empatada" e declarações do ex-presidente, "Lula vê eleição muito apertada".
O TRIUNFO DA EXTREMA-DIREITA
Ainda sem as novas pesquisas, análises no inglês Financial Times, na americana Foreign Affairs e na qatari Al Jazeera já se voltaram para o avanço bolsonarista, com enunciados como "Eleição no Brasil divide o país em dois" e "O triunfo da extrema-direita brasileira".
CÚPULA DA FLORESTA
A Reuters fez uma entrevista com Celso Amorim, ex-chanceler e "principal assessor de política externa" de Lula.
Ressaltou sua proposta de uma "cúpula da floresta amazônica" para o início do ano que vem, reunindo os presidentes de Colômbia, Bolívia, Venezuela e, entre outros, "alguns países desenvolvidos", citando a França, que controla a Guiana Francesa. Também deu atenção para a sua defesa da Argentina no Brics.
CORRIDA PARA DESMATAR
O correspondente do FT foi até Humaitá, no Amazonas, para mostrar que o risco de uma vitória de Lula "provoca corrida para derrubar mais floresta". Acrescenta que a "possível mudança de governo leva a mais tomada de terras por gangues criminosas de madeireiros".
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