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Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022 toda mídia

No exterior, 'ponto final no talento tóxico' de Neymar e sua dança

Jornais se voltam à 'seleção não oficial da Copa', palestina, abraçada pelo Marrocos; FT avalia 'notável' Casimiro

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Na primeira página do New York Times de sábado, o "fim da dança deles", com foto de jogadores brasileiros prostrados no gramado (imagem abaixo). No enunciado interno, "Croácia, como de costume, tira a alegria da festa do Brasil".

Outros textos, no jornal americano e pelo mundo, foram ainda menos indulgentes. "Brasil sente a conhecida dor do fracasso", escreveu o colunista do NYT, sublinhando a busca nacional por "alguém para culpar", sobretudo Tite, para quem "já apontam os dedos"

Também na China saíram atrás do culpado, com o portal 163 ouvindo o ex-ídolo e hoje técnico Peng Weiguo apontar a "mentalidade instável" dos jogadores brasileiros e suas "falhas ofensivas". Outro, o portal Sina, levou ao título que "estar envolvido no 'conflito entre esquerda e direita' é a morte do futebol brasileiro", concentrando-se na crítica ao "núcleo absoluto da seleção", Neymar.

O inglês The Guardian também foi por aí, ressaltando o "talento tóxico de Neymar" e dizendo que a Copa "parece um ponto final" para o jogador. Ele "ainda pode ganhar coisas, mas sua carreira em acorde maior acabou, no lugar que o enriqueceu, mas roubou seu valor".

Neymar buscou ele próprio puxar para si a responsabilidade, inclusive em mídia social, escrevendo no perfil de seu ex-agente Wagner Ribeiro, que havia chamado Tite de enganador: "Não fala merda, Wagner". Foi destaque no tabloide alemão Bild, "Red' keinen Scheiß, Wagner!".

O jogador foi além em nota dramática divulgada no domingo, como registrou o tabloide inglês Daily Mail, mas era tarde. O foco agora é nos semifinalistas, não na seleção derrubada outra vez nas quartas.

A SELEÇÃO NÃO OFICIAL DA COPA

Outros americanos, como Washington Post e CNN, logo noticiaram que "o mundo árabe se une pela causa palestina", após a vitória do Marrocos sobre a Espanha. Mas o NYT, jornal de referência, relutou.

A primeira galeria de fotos da partida, na home, contrastava com a cobertura ao redor do mundo, que destacava a bandeira palestina. E no relato do jogo, a informação só foi entrar no 25º parágrafo.

Isso foi mudar com a publicação do texto "Agitando a bandeira da seleção não oficial da Copa", informando embaixo que se buscava "elevar a causa palestina nas arquibancadas e no campo". Do jornalista Tariq Panja, com a foto tornada célebre, da AFP:

"Juntos no gramado, com a multidão de torcedores marroquinos vestidos de vermelho rugindo atrás deles, os jogadores e seus treinadores se aglomeraram e esperaram enquanto uma bandeira era hasteada. Não era a bandeira de Marrocos.

"Bem no meio da foto do time, estendida para que pudesse ser exibida em toda a sua glória, estava a bandeira palestina. A seleção do Marrocos, em seu momento de triunfo, parou para chamar a atenção para um lugar e uma causa."

No jogo seguinte, contra Portugal, o NYT não tocou mais no assunto. E sites pró-palestinos noticiaram que "policiais a cavalo espancaram e arrastaram palestinos que comemoravam vitória do Marrocos no Portão de Damasco, em Jerusalém".

CASIMIRO VENCEU

O Financial Times fez um balanço do "notável experimento" da Fifa com o influenciador de games Casimiro. No YouTube, a transmissão do jogo contra a Croácia foi maior audiência ao vivo no ano. No Twitch, foi a conta mais popular do mundo, no início deste mês.

Vendo "implicações de longo prazo", o FT avalia que, "tendo feito o manual funcionar no Brasil, agora há espaço para lançá-lo noutros mercados ou para outros eventos, como a Copa do Mundo Feminina no ano que vem".

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