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Descrição de chapéu toda mídia

'Ambicioso e ingênuo', Lula está de volta à 'big league', diz Economist

Em duas análises carregadas de adjetivos, revista inglesa avalia papel do presidente brasileiro na política internacional

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Com os enunciados "De volta à grande liga", "Política externa brasileira é hiperativa, ambiciosa e ingênua" e "Lula vai a Pequim com grandes planos de um 'clube da paz'", a inglesa The Economist afirma que "suas ambições devem ser levadas a sério".

Lembra que ele, antes, "traçou uma diplomacia pragmática e independente, empenhada em perseguir os interesses brasileiros e criar um mundo 'multipolar' num momento de hegemonia americana", que levou ao Brics.

Mas agora "o mundo mudou", uma "guerra estourou na Europa" e, "ao se esforçar demais para desempenhar o papel de pacificador global, Lula corre o risco de parecer ingênuo em vez de estadista". A revista diz que o Brasil saiu de cena nos governos Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, este tornando o país "pária internacional".

Mas aconselha Lula a "gastar sua energia em áreas onde o Brasil tem influência, como meio ambiente, ao invés de grandes temas políticos em que tem pouca ou nenhuma".

Em texto com destaque maior, manchete com a ilustração acima, a Economist "analisa os países astutos que não querem escolher lado" e mostram "como sobreviver a uma divisão de superpotências". Descreve os novos não-alinhados como "potências médias pragmáticas e oportunistas", que "pensam que os líderes ocidentais são hipócritas", entre outras visões "amplamente alinhadas com a opinião pública" de seus países. "O Ocidente pensa estar assistindo a uma continuação da Guerra Fria; o resto do mundo vê um filme novo."

Trechos editados da análise:

"O Brasil é um bom estudo de caso. Opõe-se ao que Mauro Vieira, chanceler, chama de 'alinhamentos automáticos'. Lula vê Joe Biden como um aliado nas mudanças climáticas; em seu encontro em Washington, eles restabeleceram instituições ambientais conjuntas abandonadas pelo antecessor. No entanto, as relações do Brasil com o Ocidente têm limite. Como outros, recusou propostas dos EUA e Alemanha para dar equipamentos à Ucrânia. A chegada de Lula a Pequim vai ressaltar a importância econômica da China. Além de se proteger entre as superpotências, o Brasil está fazendo suas próprias incursões. Lula visitará em breve a África para reavivar a influência do Brasil."

A Índia age "exatamente como o Brasil", diz a revista, listando ainda Turquia, México, Nigéria, Arábia Saudita, até Israel, entre outros.

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