Na manchete da Bloomberg, "China contida sobre Taiwan mostra que Xi Jinping tem preocupações maiores no momento", em referência à sua reação limitada ao encontro da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen com o congressista americano Kevin McCarthy. Restringiu-se a "enviar um porta-aviões às águas ao sul da ilha".
O serviço noticioso fala em "várias razões para Xi segurar o fogo" e cita três contatos: suas conversas com Emmanuel Macron e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, "para obter apoio para seu plano vago de trazer paz à Ucrânia e reagir aos esforços dos Estados Unidos de bloquear a China".
E o encontro com Lula, que remarcou a viagem ao país para a semana que vem, após uma pneumonia. Pequim não precisa de "mais tensão militar" neste momento em que Xi "embarca numa ofensiva de charme, buscando reapresentar a China como uma força para a paz no mundo", da Ucrânia ao Oriente Médio.
Também com destaque na Bloomberg, Macron não só vê um "grande papel" para a China, na busca de solução para o conflito ucraniano, como "rejeita a dissociação" econômica com o país. Em suma, ele "impulsiona a Europa a adotar uma postura mais moderada em relação a Pequim do que os EUA estão exigindo".
Na cobertura chinesa, a prioridade foi também para o presidente francês, com chamadas como "A dissociação da Europa da China é inevitável? Macron refuta: não acredito", por Guancha e Huanqiu (Global Times) e se espalhando pela rede social Weibo —com posts recorrendo ao próprio relato da Bloomberg.
Foi manchete online, com vídeo, no Renmin Ribao (Diário do Povo, acima), principal jornal do Partido Comunista, "Xi: a China está disposta a lançar um apelo conjunto com a França para uma solução política para a crise na Ucrânia". Detalhou um pouco mais sua proposta de paz, recusada pelos EUA, mas não por Rússia e Ucrânia.
Ao fundo na mídia chinesa, em parte também na americana, com Associated Press (abaixo), outra imagem surgiu no mesmo dia para reforçar o papel buscado por Xi, com o chanceler Qin Gang unindo as mãos dos colegas iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, e saudita, Faisal bin Farhan al-Saud, com Pequim de cenário.
Por outro lado, o New York Times noticiou a visita com uma chamada dizendo que "Macron instiga Xi a chamar Putin de volta à razão". Logo abaixo, "mas Xi não indicou se pressionaria a Rússia a negociar".
Também na homepage do jornal americano, "Durante a visita do presidente francês, a Airbus, fabricante francesa de aviões, assinou um acordo para dobrar a produção na China".
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