Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Bolsonaro recebe delegado da PF que investigou facada duas vezes e ouve que Adélio agiu sozinho

Relatório da Polícia Federal sobre ataque diz que apuração não pode se basear em opinião pública ou leigos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Jair Bolsonaro recebeu na manhã desta sexta-feira (15), no Palácio do Planalto, integrantes da direção da Polícia Federal e o delegado Rodrigo Morais, responsável pelo inquérito da facada de que foi vítima em 2018, durante a campanha presidencial.

A reunião teve duração de cerca de duas horas.

Morais apresentou pessoalmente o resultado da sua investigação, que, pela segunda vez, descartou a existência de um mandante no episódio. A conclusão foi de que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho.

O delegado foi levado pelo ministro da Justiça, André Mendonça, acompanhado do diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, e do chefe do órgão de Minas Gerais, Cairo Duarte.

Também participaram o general Augusto Heleno (GSI) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência). Carlos Bolsonaro, filho do presidente, passou alguns minutos no encontro.

A pressão sobre a investigação se elevou nas últimas semanas, com afirmações de Bolsonaro que puseram em xeque o trabalho da PF. O presidente e seus apoiadores voltaram a propagandear a versão de que o crime teria sido encomendado a Adélio, o que nunca ficou provado nos inquéritos.

A insatisfação de Bolsonaro com o resultado foi um dos ingredientes alegados por ele para a troca no comando da corporação, o que levou ao pedido de demissão de Sergio Moro.

Sob novos comandantes no ministério da Justiça e na Polícia Federal, no entanto, a ideia foi tentar, mais uma vez, mostrar o trabalho realizado no inquérito.

A reunião não apareceu na agenda do presidente. Perguntada, a Secom não respondeu o motivo.

Este foi o segundo encontro do delegado e do chefe de Minas com Bolsonaro. Em fevereiro do ano passado, eles estiveram em Brasília para comunicar como estava o andamento das investigações.

Com a entrega deste segundo relatório, o foco do presidente no caso passa a ser o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a perícia em materiais apreendidos com advogados do autor do crime.

O caso foi remetido à corte em fevereiro, mas está parado. Como a ação ainda não foi distribuída internamente, não foi escolhido nem sequer o ministro relator.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas