Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

CSN faz home office seletivo e casos de coronavírus explodem na empresa

Ao menos 12 funcionários de escritório na zona sul de São Paulo tiveram a doença

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Ao menos 12 funcionários que trabalham em escritório da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, contraíram coronavírus desde o começo da pandemia no Brasil. Eles atribuem a explosão de casos à política da empresa de adotar um home office seletivo.

Procurada pelo Painel, a CSN não respondeu até a publicação da reportagem.

Na CSN, explicam os funcionários (que preferem não se identificar para evitarem retaliações), há uma avaliação caso a caso sobre aqueles que poderão trabalhar remotamente, e apenas a um número restrito deles foi dado o direito de trabalharem de suas casas.

Houve o afastamento de pertencentes aos grupos de risco, como diabéticos, hipertensos, entre outros, mas a empresa não informou se a política se estendeu a todos eles.

Fachada da empresa siderúrgica CSN em Volta Redonda, no Rio de Janeiro - Eduardo Naddar-28.nov.2010/Folhapress

Grande parte dos funcionários, no entanto, avalia exercer atividades que não dependem da presença física no escritório, mas mesmo assim não foram liberados pela empresa. São atividades que exigem não mais que um notebook e uma conexão à internet, dizem. Eles se queixam de que a quantidade de pessoas presentes no escritório não difere muito da que marcaria um período normal, sem pandemia.

No escritório de Santo Amaro da CSN funciona a parte operacional da empresa —os setores financeiros, fiscal, cadastro de fornecedores.

Em Santo Amaro, parte significativa dos funcionários é originária de Volta Redonda, onde fica a sede da CSN. Eles costumam retornar periodicamente para a cidade do Rio dividindo carros ou pegando ônibus, o que, segundo eles, cria o temor de que estejam contribuindo para disseminar o vírus ou para serem contaminados.

O Painel perguntou à CSN o número exato de casos no escritório de Santo Amaro e na CSN como um todo; se a política seletiva de home office foi aplicada em todos os escritórios; e se a abordagem da empresa à pandemia mudou após o surgimento dos casos. A empresa não enviou retorno.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas