Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Indefinição sobre leitos de UTI e sugestão de 'pós-pago' incomoda governadores em reunião com Pazuello
Ministro da Saúde não explica como resolverá a queda na habilitação de leitos em estados e municípios
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Cobrado por governadores em reunião nesta quarta-feira (17), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não apresentou uma solução definitiva para o problema da habilitação e do custeio de leitos de UTI para a Covid-19.
Com a pandemia em alta, cidades e regiões de diversos estados têm entrado em colapso, com ocupação total dos leitos. Os municípios e estados têm tido dificuldade em custear os leitos já existentes enquanto o Ministério da Saúde tem reduzido o número de leitos habilitados.
No encontro, Pazuello se comprometeu a financiar os leitos, mas falou em mudar a forma de custeio e de pagamento, momento em que fez uma menção a um modelo pós-pago.
A sugestão foi entendida pelos participantes como uma proposta em que a pasta pagaria depois aos estados por leitos habilitados.
Pressionado a dar mais esclarecimentos, o ministro disse que o faria em outra ocasião, junto aos conselhos de saúde de municípios e estados, Conasems e Conass.
"Não ficou clara a parte dos leitos de UTI. Não ficou claro o que o ministério está pensando em fazer", diz Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão.
"Ele disse que ia mudar o momento do pagamento e fez uma comparação com pré-pago e pós-pago. O que queremos é que seja pago", completa.
Dino afirma que Pazuello indicou querer pagar apenas por leitos utilizados. No entanto, explica o governador, o fluxo de internação e tratamento da Covid-19 não acontece de acordo com essa dinâmica.
"O leito tem que ser pago porque a equipe está lá. Se você tem 10 leitos e 8 estão sendo utilizados naquele momento, o custo é referente aos 10, pois a equipe de saúde está trabalhando. O custo fixo está lá. Ninguém vai pagar o profissional por produtividade".
Para os governadores, o modo evasivo com que lidou com a questão dos leitos contrastou com a abordagem sobre as vacinas, para as quais apresentou um cronograma detalhado.
"Não estamos mais em trevas completas. Se o cronograma for cumprido, sabemos o que vai acontecer, pelo menos", completa Dino.
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