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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Folhajus STF

Ofício da PF sobre mensagens hackeadas da Lava Jato deve gerar mais discussões no STF

Material abriu primeira crise da nova gestão da PF com setor que investiga políticos

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A sessão do STF nesta quinta-feira (22) mostrou que o ofício elaborado pela Polícia Federal sobre a impossibilidade de reconhecer a autenticidade das mensagens hackeadas da Lava Jato ainda vai gerar mais discussões na corte.

Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski discordaram sobre o tema. Como mostrou a Folha na quarta (21), o documento desencadeou uma crise na nova cúpula da PF.

Após Lewandowski citar as mensagens, Barroso defendeu a tese da PF sobre a autenticidade nao ter sido comprovada e que elas não podem ser utilizadas porque seriam provas ilícitas.

Em 23 de julho, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas sob a suspeita de hackear a conta do aplicativo Telegram de autoridades, entre elas o ministro da Justiça, Sergio Moro. Mateus Bonomi/Folhapress/

Logo após a operação, Moro telefonou a autoridades para dizer que elas haviam sido hackeadas e afirmou que as mensagens seriam destruídas; o ministro foi criticado por quebrar o sigilo da operação, que corria sob segredo, e por sugerir a destruição de provas, o que só pode ser determinado pela Justiça. Pedro Ladeira/Folhapress/

Em depoimento à Polícia Federal, um dos presos, Walter Delgatti Neto, confessou que hackeou o Telegram de procuradores da força-tarefa da Lava Jato e repassou, de forma anônima, voluntária e sem cobrança, o conteúdo ao site The Intercept Brasil. Reprodução/

A mensagens, que vêm sendo publicadas pelo Intercept e por outros veículos, como a Folha, revelam conversas entre o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, e Moro, então juiz responsável pelos casos da operação. Nos diálogos, Moro indica uma testemunha, interfere em delações premiadas e pede que a Procuradoria inclua provas em uma denúncia. Montagem/Eduardo Anizelli/Folhapress e Agência Brasil/

Jair Bolsonaro atacou Glenn Greenwald, do Intecept; o presidente disse que Glenn "talvez pegue um tempo de cana" e insinuou que houve dinheiro envolvido no vazamento das mensagens, o que tanto Delgatti quanto o jornalista negam. André Coelho/Folhapress/

Greenwald e o Intercept têm dito que não fazem comentários sobre suas fontes. Sobre sigilo da fonte, o artigo quinto da Constituição afirma: "É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional". Pedro Ladeira/Folhapress/

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