Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Exposição de Pazuello na CPI gera reflexos negativos à imagem do Exército, diz Santos Cruz
General da reserva e ex-ministro, ele afirma que desgaste de governo confuso contamina a corporação
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Para o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, a exposição do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Covid e em episódios relacionados gera reflexos negativos à imagem do Exército, pois a percepção popular tende a misturar a figura do ex-ministro com a da corporação.
“É um governo confuso, e ainda mais agora, com CPI, desgastado em diversas áreas”, diz Santos Cruz, ex-ministro do governo Bolsonaro. “Quando você tem um governo com tantos militares, esse desgaste contamina."
Pazuello é general da ativa do Exército. Recentemente, circulou em shopping de Manaus sem máscara e ironizou o uso de proteção.
O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que ele recebeu visita de Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) nesta quinta-feira (6), dias após ter faltado na CPI sob o argumento de que deveria cumprir quarentena após contato com assessores com Covid.
Santos Cruz destaca que, em sua visão, a instituição não tem responsabilidade relacionada à passagem de Pazuello pelo ministério da Saúde.
"Os militares se tornam ministros individualmente. Não tem nada a ver com a instituição. A responsabilidade na condução política é absolutamente individual. A instituição não tem nada a ver com responsabilidades e competências dele", diz. "Você aceita o convite individualmente, cumpre individualmente e então tem que responder individualmente pelo seu desempenho."
Santos Cruz entende, por outro lado, que na percepção pública a desvinculação entre Exército e governo é impossível, e atualmente o Exército está saindo no prejuízo.
"Quando as coisas não dão certo a instituição sofre danos. E é isso que está acontecendo".
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