O vereador Rinaldi Digilio (PSL), cujo nome consta entre os que assinaram virtualmente o requerimento para criação de CPI da Covid em São Paulo, diz que não apoia o pedido e solicita a retirada de seu nome.
Digilio enviou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara em que afirma que solicitou uma perícia para saber o que aconteceu. A Casa diz que o sistema é confiável, privado, íntegro e inviolável.
O regimento interno da Câmara proíbe a retirada de assinaturas depois que a CPI é protocolada, o que indica que o pedido de Digilio, líder do PSL na Casa, deverá ser indeferido.
"Diante da indicação da instalação da CPI da Covid protocolado no dia 05/05/2021, onde eu não reconheço minha assinatura virtual, na qual já solicitei que fosse realizada uma perícia de como foi feita tal assinatura. Requeiro a retirada da minha assinatura no requerimento de instalação da CPI da Covid", diz o pedido de Digilio encaminhado à Mesa Diretora.
Para ser protocolado, o pedido de abertura de CPI precisava de 19 assinaturas. Apresentado por Antonio Donato (PT), ele recebeu 20, contando com o nome de Digilio.
O vereador diz, por meio de sua assessoria de imprensa, que não assinou digitalmente, pelo sistema oficial, o requerimento. Em seu computador, afirma, ele não encontrou sua assinatura, e soube que sua assinatura constava entre os apoiadores apenas quando recebeu mensagem do autor do pedido, Antonio Donato.
Ele ainda afirma que achou estranho, entrou de novo no sistema e nele não constava que havia assinado o pedido. Então solicitou a retirada da sua assinatura e, para colaborar com a Casa, pediu investigação sobre possível erro de sistema, duplicidade, entre outras possibilidades.
Em nota, a assessoria de imprensa da Câmara diz que "o caso foi verificado pelo setor de informática da Casa, que confirmou que o requerimento de protocolo de CPI foi assinado pelo vereador com uso de certificado digital (e-CPF). O setor ressaltou ainda que o sistema de assinatura de documentos é confiável, privado, íntegro e inviolável."
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