Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Oposição vê Wanjgarten como caminho na CPI para provar omissão de governo com vacinas

Eles querem detalhes que possam mostrar que o Executivo não se empenhou para ter imunizantes

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Os senadores da oposição enxergam o depoimento do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten como o caminho na CPI da Covid para angariar provas sobre as falhas do governo nas negociações para compra de imunizantes, em especial o fabricado pela Pfizer.

Eles querem detalhes sobre como é possível mostrar que o Executivo não se empenhou para ter os imunizantes. Na quinta-feira (13), as informações coletadas com Wajngarten serão utilizadas para questionar os representantes da Pfizer.

O ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten chega para a cerimônia de hasteamento da bandeira nacional na entrada, em Brasília.. Folhapress/Andre Coelho - 21.jan.20

O publicitário Fabio Wajngarten assumiu a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência em abril de 2019. A pasta é responsável pela distribuição da verba de propaganda do Planalto e dita as regras para as contas dos demais órgãos federais. No ano passado, foram gastos R$ 197 milhões em campanhas publicitárias.. Folhapress/Pedro Ladeira

Fabio Wajngarten tem carreira no mercado como sócio da Controle da Concorrência, empresa que monitora inserções comerciais em veículos de mídia para o mercado publicitário. Antes de assumir a chefia da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, passou o controle da sua empresa FW Comunicação para Fabio Liberman. Ele já apoiava Jair Bolsonaro antes da eleição. Folhapress/Pedro Ladeira

Fabio Wajngarten com Silvio Santos em foto publicada em dezembro, na rede social do secretário. Apresentador tem se aproximado do Planalto, assim como Edir Macedo. Ambos estiveram na cerimônia de 7 de setembro junto com o presidente Jair Bolsonaro. Reprodução Twitter/Fabio Wajngarten/

Em outubro de 2019, Fabio Wajngarten usou suas redes sociais para criticar reportagem da Folha que revelou o escândalo dos laranjas do PSL e sugerir um boicote publicitário a órgãos que, no seu entendimento, veiculam "manchetes escandalosas". Reuters/Ueslei Marcelino

Em reportagem publicada no dia 15 de janeiro, a Folha revelou que o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, recebe, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro. Em resposta, Wajngarten negou conflito de interesses e atacou a reportagem. /André Coelho

Reportagem da Folha mostrou que, desde que assumiu o cargo, Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), teve pelo menos 67 encontros com representantes de clientes e ex-clientes de sua empresa FW Comunicação, incluindo a Band, pertencente ao Grupo Bandeirantes, do qual Paulo Saad é vice-presidente. Gilson Pereira/

Wajngarten, à direita, reuniu-se em mais de uma ocasião com o apresentador Silvio Santos, do SBT. Em setembro, compareceu à casa do apresentador junto com seu superior, o general Luiz Eduardo Ramos, e o presidente Jair Bolsonaro. Reprodução Twitter/Fabio Wajngarten/

Fabio Wajngarten com Edir Macedo, dono da Record, em foto publicada em setembro de 2019 no perfil do chefe da Secom . Reprodução Twitter/Fabio Wajngarten/

O depoimento é aguardado tanto pelos integrantes da base como da oposição na CPI da Covid. Senadores apoiadores de Jair Bolsonaro relataram ao Painel não haver interesse do próprio governo em protegê-lo após entrevista dada à revista Veja e, por isso, ele deve sofrer muita pressão na comissão.

Na entrevista à publicação, ele coloca a culpa pela demora na compra de vacinas no ex-ministro Eduardo Pazuello.

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