Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Proposta de campanha, investimento em dessalinização no semiárido não decola sob Bolsonaro

Governo investiu R$ 32,4 milhões nos programas Água Doce e Doce Mar contra R$ 55,4 milhões nos três anos na gestão Michel Temer

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Anunciados pelo presidente Jair Bolsonaro como uma de suas prioridades no enfrentamento à seca no semiárido do Nordeste, os programas de dessalinização de água não decolaram sob sua gestão.

Os investimentos no Programa Água Doce alcançaram R$ 13,5 milhões em 2019 e R$ 18,9 milhões em 2020. O valor equivale a 1% do investimento do governo em recursos hídricos nos dois anos.

O patamar é o mesmo observado em governos anteriores. Apenas em 2016, sob os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), o investimento no programa Água Doce chegou a R$ 38 milhões.

O volume de recursos investido no Água Doce chegou a R$ 55,4 milhões incluindo os anos de 2016, 2017 e 2018. Até o momento, são 895 sistemas em operação em sete estados, dos quais 617 entram operação antes do governo Bolsonaro.

Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro anuncia projetos de dessalinização como uma espécie de redenção para o semiárido, citando Israel como exemplo de sucesso. Em 2019, o governo enviou o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) a Israel para conhecer a experiência daquele país.

A tecnologia já vem sendo usada no sertão nordestino há pelo menos 30 anos, mas tem como principal gargalo o custo para a produção de água potável em larga escala.

O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o programa Água Doce tem execução continuada e avança conforme o ritmo da execução física de implantação dos sistemas de dessalinização, pactuadas com os dez governos estaduais que possuem áreas de semiárido.

Informou ainda que há 53 sistemas com a implantação em andamento e recursos assegurados para construção de mais 286 sistemas.

Dona Alice da Silva de Matos próximo a Máquina que realiza dessalinização da água no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Garrafão de água dessalinizada no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /Raul Spinassé/Folhapress

Garrafão de água dessalinizada no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Fábio Matos de Lima (camisa branca) explica a operação da máquina que realiza a dessalinização no povoado do Onça (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Isabel Carneiro utiliza água para produzir alimentos no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Clóvis Alberto Carneiro utiliza água para produzir alimentos no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Clóvis Alberto Carneiro e Isabel Carneiro utilizam água para produzir alimentos no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Local para descarte de dejetos produzidos durante a dessalinização no povoado do Onça (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Fábio Matos de Lima (camisa branca) explica a operação da máquina que realiza a dessalinização no povoado do Onça (BA). /

Garrafão de água dessalinizada no povoado de Poções (BA); citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Moradoras no povoado do Onça coletam água; citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Citada por Bolsonaro como solução para a seca, a dessalinização é utilizada no Nordeste brasileiro como política pública federal desde 2004. Método, no entanto, não é ideal para ser produzido em larga escala. /

Moradoras no povoado do Onça coletam água dessalinizada. /

Gilsonei Jesus de Lima durante a operação da máquina que realiza a dessalinização no povoado do Onça (BA). /

Carlos Oliveira próximo a Máquina que realiza dessalinização da água no povoado de Poções (BA). /

Dona Alice da Silva de Matos próximo a Máquina que realiza dessalinização da água no povoado de Poções (BA). /

Moradores do povoado do Onça (BA) chegam para coleta de água. /

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