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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Intercâmbio de dados do Coaf foi maior sobre drogas do que corrupção pela 1ª vez desde Lava Jato

Segundo dados do conselho, até o momento, foram 3.161 compartilhamentos sobre tráfico contra 2.185 de corrupção durante o ano de 2021

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Pela primeira vez desde o início da operação Lava Jato, em 2014, o intercâmbio de informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, com órgãos de fiscalização, como a Polícia Federal e o Ministério Público, foi maior sobre apurações envolvendo o tráfico de drogas do que sobre casos de corrupção.

Sede do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em Brasília - Reprodução/TV Globo

Segundo dados da plataforma do Coaf, até o momento, foram 3.161 compartilhamentos sobre tráfico contra 2.185 de corrupção durante o ano de 2021.

Em 2020, por exemplo, o conselho fechou o ano com 2.871 trocas de dados sobre corrupção contra 2.561 relacionados a casos envolvendo entorpecentes.

Os intercâmbios são quando as instituições informam ao Coaf sobre apurações em andamento e pedem a troca de informações sobre possíveis transações suspeitas dos envolvidos.

Nesses casos, eles apontam qual o tipo de crime apurado.

Ibama: No início do ano, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) exonerou o fiscal que multou Bolsonaro em 2012 por pescar na Estação Ecológica de Tamoios, no Rio de Janeiro. 25.jan.12/Divulgação/

Inpe: Com a insatisfação de Bolsonaro diante do aumento do desmatamento na Amazônia, o presidente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o físico Ricardo Galvão, responsável pela divulgação dos dados, foi exonerado. Bolsonaro queria que as informações fossem discutidas previamente com o Palácio do Planalto antes de serem tornadas públicas. Lucas Lacaz Ruiz / A13 / Agência O Globo/

Ancine: Insatisfeito com os patrocínios aprovados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema), Bolsonaro impôs uma pauta de costumes no órgão federal e interveio para que produções audiovisuais cuja temática é a diversidade sexual não recebessem recursos. O presidente também criticou os repasses da agência ao filme "Bruna Surfistinha". Divulgação/

Receita Federal: após pressão do Planalto, a Receita Federal anunciou que substituiria o nº 2 do órgão, João Paulo Ramos Fachada, que se demonstrava contrário a interferências do governo. Bolsonaro acusa auditores de perseguição a seus parentes, que, segundo ele, sofreram uma "devassa". Sergio Lima/Folhapress/

Banco do Brasil: em uma ingerência administrativa, Bolsonaro pediu ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, que demitisse o diretor de publicidade da instituição financeira e retirasse do ar uma propaganda com atores que representavam diversidade sexual e racial. Reprodução/

Petrobras: após Bolsonaro ironizar a morte, durante a ditadura, do pai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, a Petrobras avisou que irá rescindir contrato com o escritório de advocacia do dirigente da entidade. O presidente pregou ainda revisão dos contratos de publicidade da empresa estatal . Mathilde Missioneiro/Folhapress/

Polícia Federal: por ordem do presidente, a PF trocará o comando da superintendência no Rio de Janeiro. A mudança já estava sendo discutida na cúpula da força policial, mas pegou a corporação de surpresa e causou constrangimento ao ministro da Justiça, Sergio Moro. Mateus Bonomi/Folhapress/

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