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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Bolsonaro diz a influenciador Cauê Moura que não seria difícil acertar tiro em 'gordinho' como ele

Ofensa se soma a recentes ataques preconceituosos desferidos pelo presidente e seu filho

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Jair Bolsonaro (PL) escreveu nas redes sociais nesta segunda-feira (7) que não seria difícil acertar um tiro em um alvo que fosse "gordinho" como o influenciador Cauê Moura, que havia criticado as habilidades do presidente no manuseio de uma arma de fogo.

Moura compartilhou um vídeo em que Bolsonaro tenta disparar a arma, mas parece ter dificuldades e não consegue em um primeiro momento. Ele então é ajudado por seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e por um instrutor. O material foi gravado no domingo (6) em um clube de tiro localizado em Brasília.

O influenciador escreveu um comentário em que diz que "o capitão mentecapto não sabe nem atirar".

Em resposta, Bolsonaro disse: "confesso que não dá para disputar uma olimpíada, mas em uma eventual invasão de propriedade, se o alvo fosse um gordinho do seu tamanho não ficaria tão difícil acertar". Ele também publicou a foto de um alvo de papel com marcas de tiros.

A ofensa gordofóbica se soma a ataques preconceituosos que Bolsonaro e seu filho Eduardo (PSL-SP) proferiram nos últimos dias.

Na quinta-feira (3), Bolsonaro se referiu aos nordestinos usando o termo depreciativo ‘pau de arara’. No dia seguinte, o filho publicou vídeo ridicularizando o trabalho de mulheres em obra do metrô de SP que ruiu.

O youtuber e influenciador Cauê Moura - Marcelo Justo-7.out.2019/UOL

Como mostrou o Painel, os ataques tiveram como alvos duas das fatias do eleitorado nas quais o presidente mais sofre rejeição, mulheres e nordestinos.

O Datafolha de dezembro mostrou Bolsonaro com 17% de intenções de voto no Nordeste, contra 61% de Lula (PT). No eleitorado feminino, ele tem 20%, enquanto o petista marca 49%.

Bolsonaro foi apontado como o candidato em que não votariam de jeito nenhum por 61% das mulheres, o mais mal avaliado entre todas as opções. Na sequência aparecem Lula, com 32%, e João Doria, com 29%.

A estratégia suicida alarmou aliados e levou a apelos para que ele indique uma mulher para vice, como Tereza Cristina (Agricultura) ou Damares Alves (Direitos Humanos).

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