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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Rússia Belarus

Paralisada por guerra e sanções, estatal da Belarus que importa fertilizantes pode deixar o Brasil

Filial em Curitiba não recebe produto há 1 mês; país europeu responde por 20% do fornecimento de potássio

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A interrupção das importações de potássio da Belarus, agravada pela guerra na vizinha Ucrânia, completa 30 dias nesta quarta-feira (2), sem perspectiva de ser normalizada.

A situação levou à paralisia da filial da Companhia de Potássio Belarusso em Curitiba (PR). A empresa, uma estatal do país europeu que importa o fertilizante e revende para ser usado no campo, já cogita encerrar suas atividades no Brasil.

Mina de potássio na cidade de Soligorsk, em Belarus - Vasily Fedosenko/Reuters

Governada pelo ditador Aleksandr Lukachenko há 28 anos, Belarus respondia até 2020 por 20% das importações brasileiras de potássio, ou quase 3 milhões de toneladas por ano.

O regime belarusso está sob sanções internacionais em razão da repressão do ditador à oposição, após eleições fraudadas em 2020. Sem acesso ao mar, o país depende de vizinhos para exportar. No começo do mês, a Lituânia, que escoava a produção, fechou as portas para o produto.

Um porto na Rússia está sendo planejado como alternativa, mas deve demorar ao menos dois anos para ficar pronto.

Curiosamente, Belarus tentou uma rota pela própria Ucrânia, que acabou inviabilizada pela guerra. Lukachenko é aliado do presidente russo, Vladimir Putin.

Com isso, a tonelada do potássio já pulou de US$ 250 há um ano para US$ 820 atualmente, aumento de 228%. Sem perspectiva de solução das questões geopolíticas a curto prazo, a estimativa é que o produto rompa em breve a barreira dos US$ 1.000 por tonelada.

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