Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Decisão de Kassio fez polícia de SP adiar operação sobre elo entre sindicato e PCC
Órgão aguardou retomada da cassação de Valdevan Noventa (PL) e refez estratégia da operação Chapelier
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Decisão de junho do ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), que devolveu o mandato ao deputado cassado Valdevan Noventa (PL), fez com que a Polícia Civil de São Paulo adiasse uma operação policial para investigar o enriquecimento ilícito de dirigentes do sindicato de motoristas e cobradores de ônibus de SP. Ela foi deflagrada só na semana passada.
A operação denominada Chapelier estava preparada no final de maio, mas a decisão do ministro fez com que a polícia recuasse e aguardasse a retomada da cassação, que aconteceu ainda em junho. A operação teve cinco endereços ligados a Valdevan como alvos e apura a infiltração do PCC no sindicato.
Segundo a Polícia Civil, a investigação apontou que dentro do sindicato comandado por Valdevan, que é presidente licenciado da organização, há várias práticas criminosas, entre elas ameaça, extorsão, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e ocultação de bens e capitais. O esquema movimentaria até R$ 20 milhões por mês.
Em buscas nos endereços ligados ao deputado, a polícia encontrou 40 cestas básicas, relógios de luxo e dinheiro. Em um haras de Valdevan foram encontrados 50 cavalos de raça, sem qualquer tipo de documentação, conforme a polícia.
Kassio deu duas decisões contrárias ao TSE em 3 de junho. O ministro também suspendeu a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR).
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Francischini foi cassado em outubro passado devido à publicação de vídeo, no dia das eleições de 2018, no qual afirmou que as urnas eletrônicas haviam sido fraudadas para impedir a votação no então candidato a presidente da República.
No caso de Valdevan, o TSE confirmou decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Sergipe, que condenou o parlamentar por captação e gasto ilícito de recursos mediante depósitos de valores de origem não identificada.
Nesse caso, Kassio afirmou que houve cerceamento de defesa porque o acórdão do julgamento do tribunal eleitoral ainda não havia sido publicado, o que teria impedido a defesa de Valdevan de apresentar recurso na corte.
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