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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Rússia Itamaraty

Itamaraty quer iniciar debate sobre paz na Ucrânia pela proteção a usinas nucleares

Diplomacia brasileira defende que negociações comecem por pontos de mais consenso

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Brasília

A diplomacia brasileira projeta que o maior desafio para o fim da guerra na Ucrânia será a retirada das tropas russas do país europeu.

Um plano de 10 pontos divulgado por Kiev no fim do ano passado inclui a devolução de todos os territórios tomados pelos inimigos, inclusive a Crimeia, anexada em 2014.

Por isso, o Itamaraty avalia ser mais produtivo avançar primeiro em pontos sob os quais seria mais fácil alcançar o consenso, como por exemplo, a proteção de usinas nucleares.

Equipes de emergência buscam sobreviventes em prédio destruído em Kiev - AFP

Outro ponto seria a cessação de hostilidades, termo incluído por articulação do Brasil na resolução da ONU aprovada nesta quinta-feira (23), às vésperas do aniversário de um ano do conflito. A expressão também consta na proposta de paz apresentada pela China nesta sexta-feira (24), país que tem proximidade com Moscou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm conversando com altas autoridades da Ucrânia e da Rússia e avaliando o terreno sobre o qual as negociações de paz poderiam avançar.

Na próxima semana, Vieira embarca para a Índia, onde participa do encontro do G20, e deve se reunir com outros chanceleres para avançar no assunto. A agenda servirá para ter uma ideia do tamanho da comunidade internacional disposta a se engajar na proposta brasileira de um "clube da paz".

A resolução aprovada na ONU, festejada como um gol pela diplomacia brasileira, é vista como um primeiro passo de uma longa caminhada. A expectativa é de que a guerra ainda escale e perdure por mais tempo.

Em entrevista coletiva nesta sexta (24), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, afirmou ter convidado Lula para visitá-lo. "Gostaria que ele me ajudasse e me apoiasse com uma plataforma para conversar com a América Latina. Espero pelo nosso encontro porque olho no olho, cara a cara, eu serei mais compreendido, a Ucrânia será mais compreendida", declarou.

Na quinta (23), foi o vice-chanceler Mikhail Galuzin quem afirmou à agência russa Tass estar analisando a proposta brasileira.

"Estamos examinando iniciativas, principalmente sob o ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação em campo", completou Galuzin, lembrando que os russos são parceiros dos brasileiros, dos chineses, dos indianos e dos sul-africanos no grupo diplomático Brics.

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