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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Auxílio Brasil

Bolsa Família manterá no Cadastro Único quem conseguir emprego com carteira assinada

Medida visa a facilitar reingresso caso ex-beneficiário perca o trabalho

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Brasília

A MP (Medida Provisória) do Bolsa Família que será anunciada nesta quinta-feira (2) vai prever um mecanismo para estimular o emprego com carteira assinada e evitar dificuldades de reingresso no programa.

Quem conseguir emprego e obtiver uma renda superior ao limite para permanência no Bolsa Família não será excluído automaticamente do CadÚnico (Cadastro Único), banco de dados que subsidia o ingresso nos programas sociais do governo federal. O objetivo é permitir o reingresso imediato caso a pessoa perca o emprego e tenha queda no rendimento familiar.

O mecanismo é uma resposta a críticas feitas pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que o Bolsa Família desestimulava a entrada no mercado formal.

Atualmente, ao conseguir emprego, o beneficiário é excluído do programa e, caso perca o trabalho, volta para o fim da fila, que era de 3 milhões de pessoas no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, aperta a mão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a reinstalação do Consea (Foto: EVARISTO SA / AFP) - AFP

Bolsonaro chegou a aprovar uma medida provisória que previa bônus de R$ 200 para quem entrasse no mercado de trabalho formal. O benefício, no entanto, nunca foi pago.

Para ter direito ao Bolsa Família, a renda familiar per capita não pode ultrapassar R$ 226 mensais. Já o CadÚnico, que serve como parâmetro para outros programas, como o Água para Todos, por exemplo, tem um corte mais alto, de meio salário mínimo.

Com a nova regra, as famílias seguirão inscritas até que dois integrantes consigam emprego com carteira assinada ou que a renda se descole muito do limite.

A expectativa é que a fila para entrada no programa seja zerada a partir do próximo mês. Dos 3 milhões em espera, o pente-fino da pasta identificou que a maioria não atendia aos critérios. O restante, cerca de 700 mil, será incluído já na próxima folha de pagamento a partir do cancelamento de benefícios irregulares.

O novo Bolsa Família será anunciado nesta quinta (2) em cerimônia com a participação do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e de Lula.

O principal motivo das mudanças é retomar o caráter de política pública integral, e não apenas de transferência de renda, como é visto no governo o Auxílio Brasil implementado pela gestão anterior.

Nas primeiras semanas, o governo se dedicou a reconstruir os dois primeiros pilares do Bolsa Família: o combate à fome e a rede de assistência social. Na terça-feira (28), por exemplo, Lula reinstalou o Consea (Conselho de Segurança Alimentar).

Para complementar esses pilares e dar uma resposta às críticas à falta de uma porta de saída, o ministério está trabalhando em um programa de inclusão social econômica e de empreendedorismo para os cadastrados no CadÚnico. O formato deve ser apresentado a Lula ainda em março, para estar em funcionamento já no primeiro semestre deste ano.

A ideia é fazer um recorte dos inscritos no CadÚnico entre quem tem idade para estar no mercado do trabalho, traçar um perfil de formação e capacidade técnica e cruzar com a demanda de trabalhadores em obras e ações do governo federal. Em um primeiro momento, haverá parceria com empresas da construção civil para capacitação e contratação de trabalhadores.

Mas o ministro Wellington Dias já teve conversas com redes de supermercado como Carrefour, que está com um plano de expansão e pretende contratar este ano. A empresa faria a capacitação já dentro dos seus parâmetros de qualificação para contratar a partir da base de dados do governo. A meta é colocar 1 milhão de pessoas no mercado de trabalho.

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