Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Delação premiada de Mauro Cid para CPI seria a glória, diz relatora
Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) também diz que vai defender processo por falso testemunho se ex-ajudante de ordens de Bolsonaro mentir em depoimento
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Uma delação premiada de Mauro Cid seria "a glória" para a CPI do 8 de janeiro, afirma a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que vê com reticência a possibilidade de convocar parentes do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) caso ele se mantenha calado nesta terça-feira (11).
O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à CPMI é visto como fundamental para esclarecer pontos dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele também foi convocado para falar sobre a suposta adulteração dos cartões de vacinação do ex-presidente —motivo pelo qual está preso desde maio.
Nesse mesmo mês, o advogado Rodrigo Roca, ligado à família Bolsonaro, deixou a defesa do tenente-coronel e foi substituído pelos advogados Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore —o primeiro é especialista em delação premiada.
Para Eliziane, as informações de Mauro Cid facilitariam o trabalho da comissão. "Uma delação premiada dele para a CPI seria a glória", afirma a relatora.
A senadora lembra que há um precedente do STF (Supremo Tribunal Federal) que autoriza Mauro Cid a ficar calado somente perante questões que possam incriminá-lo. "A gente vai mais uma vez avocar essa decisão para tentar colher dele o máximo possível de informações, até porque ele é uma peça muito central nisso", diz.
Eliziane também vê com cautela a possibilidade de convocação de familiares do tenente-coronel, como desejam alguns governistas. "Acho que se a gente não conseguir extrair dele elementos que a gente acha que são fundamentais e básicos, a gente deverá procurar naturalmente outras alternativas. Mas não é algo que está no nosso radar."
A senadora também ressalta que, se o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro mentir, poderá sofrer um processo de falso testemunho.
"Eu acho que não dá para a gente ficar o tempo inteiro achando que as pessoas vêm para cá e vão mentir, como a gente já viu tantos mentindo", critica. "Acho que vulgariza se a gente não tomar uma atitude mais enérgica, e, no caso dele assim como no dos que virão, eu estarei defendendo um processo por falso testemunho."
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