O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirma ao Painel que o partido de Jair Bolsonaro pode votar a favor da reforma tributária no Senado se forem feitos ajustes e se houver estudos e projeções que comprovem o impacto para o contribuinte.
Na Câmara, 20 dos 99 deputados do PL votaram a favor da PEC (proposta de emenda à Constituição), apesar das fortes críticas públicas feitas pelo ex-presidente, que fez campanha contra o texto.
Portinho nega que o partido se oponha à reforma. "Ela, aliás, se iniciou no governo Bolsonaro. A oposição foi ao atropelo, porque aquele que mais importa, o contribuinte, hoje não sabe quanto pagará", disse. "Faltam estudos, projeções e dados da própria Receita."
Segundo ele, ainda que todos os setores, governos e prefeituras tenham sido atendidos em suas demandas, é preciso expor os dados à população. "Se for favorável [ao cidadão] e com ajustes, sim, poderemos votar a favor", disse.
O senador afirmou estar preocupado com a taxação sobre o setor de tecnologia, "pois vivemos na era digital."
"Mas vamos entender primeiro os impactos do texto da Câmara sobre a população, em especial sobre a classe media e sobre o trabalhador", acrescentou.
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