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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Cracolândia drogas

Deputados de esquerda ajudam a viabilizar CPI do crack na Câmara

Requerimento de Kim Kataguiri reuniu 172 assinaturas, uma acima do mínimo exigido para que seja protocolado

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Brasília

Três parlamentares de esquerda ajudaram o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) a obter o mínimo de assinaturas necessárias para protocolar o requerimento de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com o objetivo de investigar o aumento de uso de crack no país.

O requerimento obteve 172 assinaturas —uma acima do mínimo necessário— e foi protocolado nesta terça-feira (26). Entre os deputados que assinaram estão dois do PDT —Flávia Morais (GO) e Mário Heringer (MG)— e um do PSB (Lucas Ramos, de Pernambuco).

Kataguiri disse que vai tentar falar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta quarta-feira (27) para negociar a instalação da CPI.

Mini cracolândia na avenida Manuel Bandeira, próximo ao Ceagesp - Danilo Verpa/Folhapress

O objetivo da CPI é investigar o aumento de uso de crack, tráfico e crimes conexos no país desde o ano de 2016. Kataguiri é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo na eleição de 2024, quando o tema deve ser central.

A comissão também busca avaliar políticas e estratégias atualmente em vigor para o combate ao crack e investigar redes de tráfico de drogas, fornecedores e rotas de distribuição da droga no país, com objetivo de desmantelar essas organizações criminosas.

O Painel procurou os parlamentares de esquerda para saber por que decidiram assinar o requerimento de uma comissão que foca o problema do crack na questão da segurança pública, e não da saúde, como costuma ser a abordagem neste campo.

O deputado Lucas Ramos afirmou que, embora a abordagem inicial tenda a focar na questão da segurança, avalia ser uma oportunidade de discutir a questão de saúde também.

"O Congresso é uma casa de debate, como deputado não posso me negar a ouvir a opinião do outro. A questão é grave e devemos chegar a um denominador comum em prol da população", disse.

Já Mário Heringer, que pertence à bancada da segurança pública, afirma que é importante discutir a questão também sob esse ponto de vista. "A gente precisa de fazer uma discussão, claro, cuidando da segurança pública, porque essa droga não chega lá porque cai do céu", diz.

Ele reconhece que o tema pode ser usado como plataforma eleitoral, mas ressalta que é fundamental debater o assunto. "Se a CPI é a melhor forma, acho que não. Mas se não tiver uma coisa forçando a barra para a gente discutir esse assunto, esse assunto vai ser sempre relegado a segundo plano."

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