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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Presença em ato de Bolsonaro ameaça apoio do PSDB a Nunes em SP

Presidente do partido disse a Temer que prefeito não deveria participar de ato na avenida Paulista

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São Paulo

O presidente do PSDB, Marconi Perillo, disse ao ex-presidente Michel Temer (MDB) em conversa na semana passada que se o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), quisesse o apoio tucano, não deveria ir ao ato convocado para domingo (25) por Jair Bolsonaro (PL). O emedebista foi à manifestação na companhia de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e teve participação discreta.

Perillo também afirmou que o partido gostaria de escolher nome para a vice do emedebista. Sobre a manifestação, Temer ponderou que o MDB havia aconselhado que Nunes não fosse, mas que ele já tinha tomado a decisão de comparecer.

O vice de Nunes deve ser indicado pelo PL, o maior partido da aliança construída pelo emedebista.

Temer afirma, via assessoria de imprensa, que as ponderações na conversa foram feitas para serem analisadas com o tempo. Ele também diz que Nunes manteve toda a estrutura do PSDB herdada de Bruno Covas, de quem foi vice-prefeito até 2021, e que acredita que os partidos caminharão juntos na eleição, pois têm boa relação.

Ricardo Nunes (MDB) com tucano de madeira que ganhou durante evento do PSDB em São Paulo - Rubens Cavallari-15.jul.2023/Folhapress

Ex-governador de Goiás, Perillo diz, por meio de sua assessoria de comunicação, que não tratou do tema com o ex-presidente.

O tucano Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e presidenciável do partido para 2026, declarou ao jornal O Globo na segunda-feira (26) que o PSDB não deve apoiar o emedebista, pois ele fez "a escolha de um caminho de se associar justamente ao Bolsonaro, o que diverge, destoa, do que o PSDB está buscando representar, de uma alternativa nesse contexto político nacional [de polarização entre PT e o ex-presidente]".

As alternativas avaliadas no PSDB são o lançamento de candidatura própria ou o apoio a Tabata Amaral (PSB).

Ainda que o PSDB deva enfrentar redução significativa de seu espaço na Câmara Municipal, onde atualmente possui oito vereadores, o partido tem grande peso simbólico para a campanha de Nunes, que assumiu a gestão municipal com a morte de Bruno Covas em 2021.

Ricardo Nunes (MDB, dir) e governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) durante ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista - Reprodução-26.fev.2024/Instagram

O emedebista até hoje utiliza placas de inauguração e de eventos com o nome de seu antecessor e se diz representante da gestão do prefeito tucano.

Se na cúpula do partido a relação com Nunes vive estremecimento, os tucanos paulistas têm se mobilizado para defender o apoio a Nunes.

Na terça-feira (27), a bancada de deputados estaduais da federação PSDB-Cidadania se reuniu e anunciou endosso à pré-candidatura de Nunes.

Secretário-executivo do gabinete do emedebista, Fábio Lepique disse ao Painel que " Leite e seus asseclas querem demolir o projeto de Bruno Covas".

O objetivo do governador, segundo ele, é criar um palanque próprio na capital que possa servir para projetar possível candidatura presidencial em 2026, mesmo que com isso possa favorecer a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL).

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