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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Nunes estuda ir ao ato de Bolsonaro com Tarcísio para amenizar efeito de sua presença

Prefeito de São Paulo teme que ex-presidente retire apoio à sua reeleição em caso de ausência

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São Paulo

Em meio ao dilema sobre participar ou não de ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), estuda chegar acompanhado de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

A avaliação é a de que com isso ele conseguiria dividir com o governador o peso da decisão de aderir à manifestação. Tarcísio já declarou que fará parte do protesto.

O ex-presidente é alvo de investigação da Polícia Federal por participação em suposta trama golpista para mantê-lo na Presidência. Bolsonaro marcou o ato para 25 de fevereiro, na avenida Paulista, e afirmou que pretende se defender das acusações que lhe tem sido imputadas.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante encontro na sede do partido
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante encontro na sede do partido - Beto Barata-6.out.2023/Divulgação/PL

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, ele poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Nunes disse a pessoas próximas que a tendência hoje é a de participar do ato, ainda que não tenha batido o martelo.

O emedebista teme que Bolsonaro enxergue eventual ausência como traição, retire o apoio à sua reeleição e lance um concorrente que possa prejudicá-lo.

Os aliados que tentam dissuadir o prefeito afirmam que sua presença pode estreitar a vinculação da imagem de Nunes à do ex-presidente, dificultando a estratégia de apoio distanciado que o prefeito tenta estabelecer.

Além disso, sua participação pode ser vista como endosso aos crimes que têm sido atribuídos ao ex-presidente. Por fim, pode associá-lo a discursos antidemocráticos que sejam entoados por Bolsonaro ou algum outro participante do evento.

Aqueles que defendem que Nunes vá à manifestação afirmam que a associação do emedebista a Bolsonaro já tem sido feita pelos opositores. Dessa forma, a adesão ao ato não teria impacto significativo.

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