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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Bancada inteira do PSDB debanda e partido pode ficar sem representação na Câmara de SP

Todos os oito integrantes atuais decidiram se desfiliar, citando falta de rumo e de apoio à reeleição de Ricardo Nunes

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Todos os oito integrantes da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo decidiram pedir desfiliação do partido, num novo marco para a crise sem precedentes que vive a legenda na cidade que é seu berço.

Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, no centro da cidade - Eduardo Knapp/Folhapress

Os tucanos, assim, poderão ficar sem representação no Legislativo paulistano após o fechamento da janela de filiações, em 5 de abril.

A única possibilidade de manterem um solitário parlamentar é se Carlos Bezerra Jr,. atual secretário municipal de Assistência Social, ficar no partido. Ele é vereador licenciado e deve retomar o mandato na semana que vem para disputar a reeleição. Ao Painel, disse que ainda está avaliando se permanecerá no PSDB.

Já saíram Aurélio Nomura (para o PSD), Rute Costa (PL), Sandra Santana (MDB) e Beto Social (Podemos). Gilson Barreto, Fábio Riva e João Jorge devem entrar no MDB na semana que vem. Xexéu Tripoli também aderiu à debandada, mas ainda não escolheu seu destino.

Entre as razões citadas pelos vereadores estão a instabilidade crônica na legenda, a falta de definição sobre a chapa de vereadores e sobretudo a relutância em apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Na última sexta-feira (22), a Executiva Municipal descartou coligação com Nunes e encaminhou as possibilidades de candidatura própria ou apoio a outro nome (na prática, seria a Tabata Amaral, do PSB)

"O partido está sem rumo na cidade de São Paulo", diz Jorge. Para Tripoli, o PSDB "não tem organização, não tem chapa, não tem diálogo".

Procurado, o presidente municipal do PSDB, José Aníbal, minimizou a saída. "Em 2008, todos os vereadores do partido, à exceção de um, o Tião Faria, apoiaram o Gilberto Kassab para prefeito em vez do Geraldo Alckmin. E o partido seguiu adiante. Agora, a história se repete", afirmou.

Para o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, as possíveis trocas, se acontecerem, serão consequência de um "fisiologismo barato, resultado da frágil legislação eleitoral e partidária, que permite isso, um dos grandes males políticos do Brasil".

"O PSDB quer ao seu lado políticos preocupados com políticas públicas e não com cargos no Poder Executivo. Aliás, o PSDB nasceu sob a égide de um conceito basilar: ‘longe das benesses do poder e perto do pulsar das ruas’".

Ex-secretário em gestões tucanas, Wilson Pedroso diz que Aníbal distorce os fatos. "Na eleição do Kassab, os vereadores ficaram no PSDB e nós tivemos uma chapa. Além disso, o Ricardo Nunes foi uma escolha pessoal do Bruno Covas", diz ele, que defende apoio ao prefeito.

"Tenho a memória de uma época em que o PSDB tinha o respeito da classe política e dos paulistanos. Esse passado não pode ser manchado de forma irresponsável e eleitoreira", afirma.

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