Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Justiça atende a Tabata e Nunes e proíbe Boulos de divulgar pesquisa distorcida
Decisão concordou com argumentos de que psolista manipulou levantamento
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A Justiça Eleitoral determinou ao pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) que não divulgue em suas redes sociais uma pesquisa de intenção de votos para a Prefeitura de São Paulo por entender que houve irregularidades em sua exibição.
A decisão foi em resposta a duas ações, movidas pela deputada federal Tabata Amaral (PSB) e pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), adversários do psolista na eleição.
Tabata se sentiu prejudicada porque a divulgação feita por Boulos no Instagram de levantamento do instituto Real Time Big Data omitia seu nome. Chegou a insinuar que teria havido "safadeza" por parte da campanha dele.
Já o prefeito apontou que Boulos divulgou cenários inexistentes, como um que incluía o senador Marcos Pontes (PL) e o deputado federal Ricardo Salles (PL) como pré-candidatos
"A pesquisa eleitoral ora impugnada está em desacordo com a legislação e a jurisprudência eleitoral", diz o juiz eleitoral Antônio Zorz.
"Tais vícios podem ensejar desvio na lisura da pesquisa eleitoral e podem ocasionar nefastos efeitos ao sadio trâmite eleitoral que se pretende proteger", afirma o magistrado.
Após Tabata ter gravado um vídeo acusando Boulos de distorção, a campanha do PSOL chegou a remover a postagem, mas logo em seguida colocou outra de teor semelhante, o que foi notado pelo juiz.
A decisão notifica a campanha e o Instagram para que remova a postagem em 24 horas, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil.
Procurada, a pré-campanha de Boulos disse que não se manifestaria.
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