Figura histórica do PSDB de São Paulo, o deputado federal Carlos Sampaio anunciou a mudança para o PSD. Os tucanos agora ficarão reduzidos a 18 representantes na Câmara, sendo apenas 2 paulistas.
A desfiliação foi autorizada em carta pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, mas Sampaio pode ser alvo de processo por infidelidade partidária na Justiça Eleitoral mesmo assim.
Isso porque seu suplente é o historiador Marco Antônio Villa, do Cidadania, partido federado com os tucanos.
Villa disse ao Painel que vai esperar os posicionamentos da federação PSDB-Cidadania e do MP para decidir se entra com ação.
"Tomei conhecimento da notícia ontem [terça-feira] à noite. Vou aguardar o Ministério Público e um pronunciamento da federação para avaliar o melhor caminho", declarou.
Sampaio afirma que tomou a decisão de sair pelas sucessivas interferências que o ex-presidente nacional do partido, Eduardo Leite, promoveu no diretório paulista.
"Ficou claro para mim que Leite e [o deputado federal] Aécio Neves queriam ter uma influência absoluta sobre São Paulo, maior diretório do país e onde o partido se iniciou", diz.
O deputado diz ainda que tem "muita gratidão e respeito" pelo partido, onde passou 32 anos de sua vida política.
Ele afirmou também que fará parte da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e que manterá sua postura de oposição ao governo Lula, apesar de o PSD ter três ministérios no governo.
"O [Gilberto] Kassab [presidente do PSD] sabe da minha postura com relação a Lula e deixou claro que eu tenho autonomia absoluta de continuar com ela", declarou.
O presidente da Federação PSDB-Cidadania, Bruno Araújo, foi procurado pelo Painel, mas não respondeu.
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