Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Brasil perde ao adotar contorcionismo sobre Irã, diz presidente de Comissão de Relações Exteriores
Deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) afirma que país não pode hesitar em condenar ataque como o feito contra Israel
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O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Lucas Redecker (PSDB-RS), criticou a nota emitida pelo governo brasileiro sobre os ataques do Irã com drones e mísseis contra Israel e afirmou que o país perde ao adotar "contorcionismo retórico" sobre o tema.
Na segunda-feira (15), o próprio ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reconheceu que o posicionamento foi feito quando a extensão da ofensiva iraniana ainda não estava clara.
Redecker diz estar preocupado com uma possível escalada das tensões na região. "O Brasil, por sua tradição e peso diplomático, não pode hesitar em condenar um ataque como este, dirigido contra uma população civil", afirma. "Um ataque com drones e mísseis deve ser duramente condenado e foi o que fizeram as potências ocidentais, com exceção do Brasil, lamentavelmente".
O deputado afirma que, mesmo que o Irã tenha recorrido a artigo de legítima defesa da ONU, "todos sabem que o seu regime defende, assim como o Hamas e o Hezbollah, a destruição completa de Israel."
"Portanto, não se pode aceitar como natural esse tipo de ação ou resposta", afirma. "O Brasil perde muito ao adotar um contorcionismo retórico quando o mundo todo condena o ataque, inclusive países muçulmanos", ressalta. O parlamentar disse também estar preocupado com a possibilidade de a política externa do país estar "sendo substituída pelo pensamento de um partido político no poder".
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