Um dos grandes embates recentes envolvendo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o governo, a distribuição de dividendos extraordinários da empresa, deve voltar à pauta do conselho de administração da petrolífera em reunião que será realizada nesta sexta-feira (5).

Após a reunião de 7 de março, quando a distribuição foi rejeitada por seis votos a quatro, com abstenção de Prates, os R$ 43,9 bilhões de dividendos foram destinados a um fundo até que uma decisão final fosse tomada.

Diante da repercussão negativa da medida sobre o valor de mercado da Petrobras, a diretoria iniciou estudo de financiabilidade dos projetos do plano estratégico para verificar se há recursos suficientes no caixa da empresa e, a partir disso, avaliar se é possível pagar parte dos dividendos extraordinários.

Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda) estão alinhados em relação a essa etapa do processo, segundo interlocutores. A reunião desta sexta deverá reabrir o debate e servirá para marcar um novo encontro em 19 de abril, quando, então, a distribuição deve ser votada.

A expectativa é que, a partir das conclusões do estudo de financiabilidade, o governo mude a orientação de voto para que a distribuição seja aprovada.

Com isso, parte já seria distribuída no começo do segundo semestre —embora internamente alguns integrantes da Petrobras vejam possibilidade de os recursos serem repassados antes.