Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Dono de empresa de ônibus acusada de ligação com PCC tem prisão revogada
Advogado afirma que soltura de Luiz Pacheco, o Pandora, depende de trâmites burocráticos com o presídio
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A Justiça de São Paulo revogou a prisão preventiva de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, presidente da Transwolff, empresa de ônibus investigada por suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Robson Flares Lopes, dirigente da empresa, também teve habeas corpus concedido.
O advogado Roberto Vasco Teixeira Leite, representante de Pacheco, afirma que a soltura ainda depende dos trâmites burocráticos com o presídio. Ele foi preso em 9 de abril e atualmente está na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.
Os desembargadores concordaram, em sua maioria, que muitos dos fatos relatados pelo Ministério Público são antigos e que a fase de instrução criminal tomará ainda bastante tempo, pois há muitas testemunhas a ouvir. Nesse sentido, eles defenderam que todos os réus devem ter igualdade de tratamento, dado que sete estão respondendo em liberdade e três, entre eles Pacheco, estão presos.
Comandada por Pacheco, a Transwolff tem a segunda maior frota de ônibus da cidade de São Paulo e é acusada pela Promotoria de usar dinheiro do crime organizado para vencer licitações de transporte público e comprar ao menos 50 coletivos, em 2015.
Pacheco é um dos alvos de operação do Ministério Público que acusa duas empresas de ônibus de integrarem esquema de lavagem de dinheiro do PCC, a Transwolff e a UPBus.
Ex-perueiro clandestino, Pandora teve um salto no patrimônio, entre 2017 e 2018, de R$ 15 para R$ 80 milhões, segundo informações obtidas via quebra de sigilo bancário, mostrou reportagem da Folha. A movimentação foi alvo de alerta do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) já que os valores eram incompatíveis com sua ocupação.
O enriquecimento ocorreu após a Transwolff, fundada em 1987 por sua mulher, Helena Cristina Reis Magela, se associar a uma empresa com indícios de envolvimento com o crime organizado, segundo as investigações.
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