Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Líderes de multinacionais na parada LGBT discordam de Bolsonaro
Presidente disse que criminalizar homofobia prejudica os próprios homossexuais
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Executivos de multinacionais que estão com seus times na Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo, neste domingo (23), discordam das recentes afirmações do presidente Jair Bolsonaro sobre uma maior dificuldade de contratar gays depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a homofobia.
O presidente da Salesforce no Brasil, Fabio Costa, afirma que o grau de conscientização sobre diversidade aumentou na maioria absoluta das empresas no país.
Questionado se concorda com a declaração de Bolsonaro de que as companhias terão medo de contratar homossexuais após a criminalização da homofobia, o executivo nega.
"Para as empresas, importa a performance e, naturalmente, ela aumenta quando existe uma cultura de respeito, que deve vir das lideranças", diz Costa, que foi acompanhado de cerca de 60 funcionários da empresa de software.
A Salesforce incentivou o comparecimento, também, de colaboradores heterossexuais.
Gerhard Bohne, presidente da divisão agrícola da Bayer, não vê relação na ideia manifestada por Bolsonaro.
A gigante de saúde e agricultura dobrou sua presença este ano, com 80 funcionários na parada. O presidente também compareceu.
"Quando a gente olha para a diversidade, a gente torna a empresa mais eficiente. A gente promove a diversidade, a queremos dentro da empresa", afirma.
Outras lideranças executivas marcam presença no evento, que aguarda público de 3 milhões de pessoas. Basf e o Google também incentivaram os empregados a comparecer. A presidente da Microsoft no Brasil, Tânia Consentino, estará em um dos trios elétricos.
Leia a coluna completa aqui.
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