Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Crescimento do Brasil ficará atrás de 80% dos países, segundo pesquisador

Análise é feita com base em novas projeções do FMI

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Fila Mais de 80% dos países terão crescimento superior ao do Brasil neste ano, de acordo com análise de Marcel Balassiano, pesquisador do FGV Ibre, com base nas novas projeções do FMI. No ano que vem, o país ficará atrás de 73%.

Primeiro trimestre encerrado, números começam a mostrar como a economia do Brasil se comportou nesse período. Veja na sequência os principais acontecimentos que impactaram o desempenho econômico do país. Folhapress/Diego Padgurschi - 25.abr.2018

No início do ano, com a posse de Jair Bolsonaro, as expectativas para uma economia melhor eram grandes. Dados do instituto alemão Ifo com a FGV (Fundação Getulio Vargas) do começo do ano mostram uma melhora na avaliação de analistas para o cenário econômico brasileiro. Folhapress/Pedro Ladeira - 11.jan.2019

Entre as expectativas do mercado estava a proposta de uma reforma da Previdência, prometida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda durante o período eleitoral. Em dezembro, após as eleições, o otimismo do brasileiro com a economia disparou segundo pesquisa do Datafolha. Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom - 14.mai.2019

No dia 20 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente ao Congresso a proposta da reforma da Previdência. Entre as alterações, o texto prevê idade mínima para aposentadoria em 65 anos para homens, e 62 para mulheres. Câmara dos Deputados/Luis Macedo - 20.fev.2019

Em março, na expectativa da reforma, a Bolsa brasileira chegou a bater o recorde de 100 mil pontos ao longo do dia, mas fechou em 99.9993 pontos. Folhapress/Daniel Marenco - 04.ago.2011

Ainda em março, contudo, uma troca de farpas entre o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez com que analistas olhassem com mais cautela para o desempenho da economia e para a aprovação da reforma da Previdência. AFP/Carolina Antunes - 20.mar.2019

Após as rusgas, setores industriais passaram a ver uma retomada econômica só em 2020. Um dos segmentos que jogou para o ano que vem um retorno do ritmo positivo foi a construção civil. Folhapress/Marcus Leoni - 05.jan.2016

Com o trimestre fechado e ainda longe da PEC da Previdência ser votada pelo plenário da Câmara, revisões do crescimento do país para 2019 começaram a pipocar. O Itaú, por exemplo, passou a projetar um desempenho econômico em 2019 não maior do que no ano anterior, de 1,1%. Reuters/Sergio Moraes - 29.abr.2019

Na sequência, com a divulgação de dados do primeiro trimestre, alguns sinais de que a economia não foi bem começaram a surgir. Um deles foi a retração do setor industrial em 0,7%, segundo dados do IBGE. Folhapress/Diego Padgurschi - 24.abr.2018

O setor de serviços também escorregou no período e fechou em queda de 0,6%, segundo o instituto. Já o comércio teve alta de 0,2% no 1º trimestre, mas em março ainda estava 6,1% abaixo do pico que o setor alcançou em 2014. Folhapress/Joel Silva - 06.jun.2017

Também no primeiro trimestre, a taxa de subutilização da força de trabalho brasileira bateu recorde, chegando a 25% (28,3 milhões de brasileiros). É o maior índice desde o início da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Folhapress/Danilo Verpa - 26.mar.2019

Com esses números, o balanço do Banco Central para o primeiro trimestre foi uma queda de 0,68%, segundo o indicador IBC-Br. Folhapress/Gabriela Di Bella - 24.dez.2015

Poço Os resultados pioraram em relação a abril, depois de revisões do fundo. Para Balassiano, a aprovação da reforma da Previdência era necessária para o país voltar a crescer com vigor, mas não garante retomada.

Leia a coluna na íntegra aqui

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