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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Grupo de empresários no inquérito das fake news tinha amigo de Doria e advogado da viúva do Gugu

Mensagem de Edgard Corona no WhatApp foi parar em investigação do STF

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Disparo O grupo de WhatsApp “Brasil 200 Empresarial”, que foi parar no inquérito das fake news após Edgard Corona, dono da Smart Fit, enviar mensagem dizendo que precisava de dinheiro para investir em marketing e impulsionar vídeos de ataque a Rodrigo Maia, tinha mais de 30 pessoas. E foi extinto quando o conflito com o presidente da Câmara por causa da reforma tributária virou bate boca público. Além do núcleo bolsonarista, havia membros que hoje são críticos ao governo.

Encaminhada Dois participantes do grupo foram expostos por acaso no despacho de Alexandre de Moraes (STF), quando foi divulgada a reprodução da tela com a mensagem de Corona.

Clique Foram Anderson Birman (Arezzo) e o médico Claudio Lottenberg, que foi cotado para substituir Mandetta na Saúde, mas questiona a cloroquina. Eles dizem que foram incluídos e não interagiam.

Lista Fizeram parte do grupo Flávio Rocha (Riachuelo) e Sebastião Bomfim (Centauro), do circuito mais próximo de Bolsonaro. Mas até Washington Cinel, empresário ligado ao governador João Doria entrou. Rafael Furlanetti, sócio da XP, também estava lá, assim como Nelson Willians, advogado da viúva do Gugu.

Sair do grupo “Meu nome podia estar lá, mas eu não participava. Nem vi a mensagem”, disse Cinel à coluna. “Era um grupo democrático que preza pela verdade, longe de apoiar fake news. Acredito que nem o Corona coaduna com aquilo, e que foi uma frase infeliz ou tirada de contexto. Me causou surpresa”, afirmou Wilians.

Silenciar Gabriel Kanner, sobrinho de Rocha e presidente do Instituto Brasil 200, que deu origem ao grupo de WhatsApp, diz que o espaço tinha muitas pessoas e que ele não pode ser responsável pelas opiniões de cada uma delas.​

Observador Um dos empresários afirmou que a proliferação dos grupos de WhatsApp em seu celular o impedem de checar se todos os conteúdos são verdadeiros, e o “Brasil 200 Empresarial” era apenas mais um que ele não acompanhava, assim como os seus grupos do golfe e do vinho.

Matemática Para o economista Bernard Appy, que elaborou a proposta de reforma tributária apoiada por Rodrigo Maia e atacada pelo vídeo de Corona, não é tão difícil identificar trechos falsos no conteúdo, que dizia ser possível cortar em 300% os impostos de algumas indústrias. “Se você reduzir alguma coisa em 300%, ela fica negativa”, diz Appy.

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