Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Indústria da construção reúne 140 pessoas para falar de compra privada da vacina

Outras entidades também convocaram videoconferências sobre o assunto

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São Paulo

A indústria da construção reuniu nesta terça-feira (26) cerca de 140 pessoas do setor para discutir o projeto de compra de vacinas da Covid pela iniciativa privada, segundo José Carlos Martins, presidente da Cbic (associação que reúne as empresas). A entidade fez a consulta para saber se há apoio à ideia e espera um retorno até quinta (28). Outras indústrias também convocaram videoconferências para tratar do tema, mas levantaram resistências entre os próprios empresários.

Funcionários abastecem avião militar em Guarulhos, em 18 de janeiro, para distribuir Coronavac pelo país. Miguel Schincariol/ AFP/

Funcionários abastecem avião militar em Guarulhos, em 18 de janeiro, para distribuir Coronavac pelo país . /Miguel Schincariol/ AFP

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dá entrevista coletiva no centro de distribuição federal, em Guarulhos, em 18 de janeiro. Miguel Schincariol/ AFP/

Indígenas aguardam Coronavac na tribo Ticuna, em Tabatinga, no Amazonas, em 19 de janeiro. Adriano Machado/Reuters/

Profissional da saúde de 70 anos é vacinada com a Coronavac em casa no Quilombo Marajupena, em Cachoeira do Piria (PA), em 19 de janeiro. Tarso Sarraf/AFP/

Avião que buscaria vacinas na Índia é adesivado pelo Ministério da Saúde no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), em 14 de janeiro. /Tony Winston/Ministério da Saúde/AFP

Avião que buscaria vacinas na Índia adesivado pelo Ministério da Saúde no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), em 14 de janeiro. /Tony Winston/Ministério da Saúde/AFP

Mulheres recebem as primeiras doses da Coronavac no Rio de Janeiro, em cerimônia no Cristo Redentor, em 18 de janeiro. Ricardo Moraes/Reuters/

Duas milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca chegam da Índia no aeroporto de Guarulhos, em 22 de janeiro. Amanda Perobelli/Reuters/

Avião contendo 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca chega ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro e é "batizado" com água por caminhões dos Bombeiros em 22 de janeiro. Ricardo Moraes/Reuters/

Duas milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca são transportadas com escolta no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Ricardo Moraes/Reuters/

Caminhão carregado de vacinas de Oxford/AstraZeneca sai da Fiocruz, na zona norte do Rio, para ser entregue e distribuída pelo Ministério da Saúde em 23 de janeiro. Ricardo Moraes/Reuters/

A enfermeira Monica Calazans, 54, foi a primeira brasileira a receber a vacina Coronavac no país, em 17 de janeiro. /Amanda Perobelli/Reuters

Funcionários descarregam Coronavac na cidade de Tabatinga, no Amazonas em 19 de janeiro. Lucio Tavora/Xinhua/

Funcionários abastecem avião com 2 milhões de vacinas no aeroporto de Guarulhos, com destino ao Rio de Janeiro. Amanda Perobelli/Reuters/

Fernando Pimentel, presidente da Abit (têxtil), está coletando opiniões no setor sobre preços e outros aspectos. Ele afirma que já recebeu avaliações prós e contra.

O movimento das empresas para adquirir 33 milhões de doses da AstraZeneca, revelado pela Folha na segunda, ainda continua, segmentado por setores, apesar de a farmacêutica negar que fará a transação.

Além do ceticismo em relação a logística e preço alto, há resistência de multinacionais preocupadas com um eventual impacto negativo de imagem e questionamentos de outros países onde atuam.

Alguns têm medo de passar a impressão de que estariam furando a fila da vacina. O presidente da Cbic rebate o argumento: “pelo contrário, se as empresas comprassem, estariam diminuindo a fila, porque uma parte iria para o SUS”.

com Mariana Grazini

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