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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Empresários dizem que medida de Bolsonaro para salvar emprego é tardia

Para donos de restaurantes, não reverte o estado crítico

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São Paulo

As medidas de flexibilização trabalhista, com liberação do corte de jornada e salário, assinadas por Bolsonaro nesta terça-feira (27) vieram tarde, segundo representantes de empresários que esperavam a atitude do governo. Mas a avaliação é que ainda são úteis. Elas chegam no momento em que a fase mais dura do fechamento do comércio ficou para trás, mas ainda servirão para adequar os expedientes dos negócios que continuam operando com horário reduzido.

Paulo Solmucci, da Abrasel, do setor de restaurantes, prevê forte adesão. “Mas o remédio não salvará como se esperava se tivesse saído dentro do prazo prometido ou pouco maior. Na hora certa, teria evitado a UTI. Agora representa manter o oxigênio, mas não reverte o estado crítico”, diz. Para Glauco Humai, presidente da Abrasce, associação de shoppings, a medida é tardia mas ajuda pontualmente.

Segundo Marcelo Silva, presidente do IDV, entidade que reúne as grandes varejistas do país (como Riachuelo e C&A), a expectativa é que a maioria das empresas vai querer aderir aos cortes de jornada e salário, exceto as que não tiveram restrição de funcionamento, como farmácias e supermercados.

O IDV foi uma das entidades que vinha avisando o governo que, se a flexibilização trabalhista não fosse liberada, haveria o risco de demissões em massa. Nesta terça, após o anúncio de que Bolsonaro assinou a medida, o IDV disse ao Painel S.A. que vai estudar como ficam os empregos na próxima segunda (3).

“Vamos discutir o conteúdo das medidas e, se sentirmos que tem espaço para fazer uma campanha de Não Demita, a gente faz de novo”, afirma Silva.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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