Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Procon-SP pede que Queiroga barre reajuste de planos de saúde
Órgão diz que operadoras não são transparentes na divulgação de custos
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Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP, enviou mensagem para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça (27) pedindo que a pasta imponha à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) um limite aos reajustes nos preços dos planos de saúde.
A agência não interfere na definição dos preços dos planos coletivos, mas Capez sugere o teto de 8,14% de aumento, que é o patamar hoje permitido pela ANS para os planos individuais ou familiares.
Ao ministro, o Procon-SP repetiu o que vem dizendo nas últimas semanas, quando elevou a pressão para combater o reajuste. O órgão diz que as operadoras não têm dado transparência na divulgação dos custos que justifiquem os aumentos e que a ANS não tem exigido comprovação da elevação das despesas.
“Dizer que haverá livre negociação é fechar os olhos à realidade e permitir que as operadoras fixem unilateralmente os novos valores”, escreveu Capez no pedido enviado o ministro.
Na segunda-feira (26), o Procon-SP entrou com uma ação civil pública contra várias operadoras, solicitando que elas apresentem em 30 dias informações sobre o impacto da queda da sinistralidade de 2020 nos reajustes dos planos coletivos, e obteve uma liminar.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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