Em meio ao avanço da crise hídrica no setor elétrico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, resolveu marcar sua posição sobre as medidas que devem comprometer o nível de reservatórios como a represa de Furnas, em seu estado. Criticou o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), órgão que faz a gestão do sistema no país, e depois foi às redes sociais para se manifestar.

Para o senador, o ONS "se apoderou das águas brasileiras para um propósito único de geração de energia", o que ele considera uma política energética sem criatividade e sem planos de longo prazo, reduzindo os níveis de água e sacrificando atividades como abastecimento, turismo, navegação, piscicultura, agropecuária e meio ambiente.

Em reunião extraordinária do CMSE (comitê responsável pelo monitoramento do setor elétrico) nesta quinta (27) ficou decidido que é preciso priorizar o uso da água para garantir a geração de energia em usinas estratégicas do Sudeste e do Centro-Oeste.

A recomendação é que se retenha mais água em um grupo de usinas que inclui Furnas, em Minas Gerais, além de Ilha Solteira, Três Irmãos e outras. A medida reduz o volume dos rios, e tende a limitar a pesca, interromper o transporte fluvial e pode afetar a captação de água para irrigação e consumo humano.

com Mariana Grazini e Andressa Motter