Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Enquanto Doria encerra home office, judiciário prorroga regime híbrido
Governador de SP determinou início do retorno ao trabalho presencial
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Enquanto o governo Doria determina a volta ao trabalho presencial para os funcionários públicos da administração direta e autarquias do estado, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público de SP estenderam até 19 de setembro o regime parcial de teletrabalho. Desde o ano passado, o tribunal tem adotado o retorno gradual, com base no Plano São Paulo, mantendo parte dos servidores em casa ou no escritório. A equipe ficou totalmente no home office só nas fases mais agudas da pandemia.
O processo de desmontagem do teletrabalho dos funcionários do governo Doria não vai deixar que os não vacinados contra a Covid-19 fiquem em casa —nem os que se negaram a tomar vacina nem os que estão na faixa etária ainda sem acesso ao imunizante.
Todos devem voltar, conforme o planejamento de cada órgão, com exceção dos servidores que fazem parte do grupo de risco e ainda não estiverem vacinados.
As secretarias de Educação e de Segurança Pública, que já oficializaram as medidas para o retorno, definiram que quem não tomou o imunizante por opção deve voltar ao escritório assim mesmo. Ficam, por ora, dispensados os funcionários que não puderam se vacinar por
orientação médica.
A Secretaria de Agricultura também já sinalizou que vai chamar todos os profissionais de volta. A orientação diverge da Casa Militar e Defesa Civil, que afirma que as atividades presenciais retornarão totalmente a partir de 26 de julho, depois que todo o efetivo estiver imunizado com a segunda dose há pelo menos 20 dias.
No setor privado, a presença de pessoas não vacinadas ao lado de outros trabalhadores ainda levanta dúvidas entre empresários que preparam a volta dos escritórios.
No governo, a questão já vinha sendo tratada há meses por Doria. Desde abril, quando foram vacinados os trabalhadores do Metrô e da CPTM, o governador decidiu que não adotaria nenhuma medida para obrigar quem se recusasse a ser imunizado.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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