Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Trabalhadores e aposentados da Sabesp dizem que empresa é vítima na cratera do metrô
Profissionais divulgaram carta aberta nesta sexta (4) afirmando que tatuzão estava muito perto do equipamento de esgoto
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Trabalhadores e aposentados da Sabesp saíram em defesa da companhia de saneamento nesta sexta (4) dizendo que a empresa foi vítima no acidente da cratera aberta na marginal Tietê, em São Paulo.
Um grupo de entidades como AAPS (associação de aposentados), Sintaema (sindicato de trabalhadores) e APU (associação de profissionais universitários da Sabesp) divulgaram uma carta aberta dizendo que a raiz do acidente está na distância entre a escavação do túnel da linha-6 e o equipamento da Sabesp.
Eles avaliam que a repercussão do caso, com pronunciamentos de autoridades e da Acciona, empresa responsável pela obra, tem atribuído o acidente ao rompimento do interceptor da Sabesp.
"Não há registro de ocorrências de vazamentos ou rompimentos significativos em mais de 50 anos de obras que envolvam Metrô-SP e Sabesp", diz o comunicado.
"O tatuzão estava perto demais do interceptor, fica evidente que o nexo causal foi o impacto ou a trepidação do equipamento", diz Norberto Pereira Maia, diretor do SASP (Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo), entidade que também assina a carta.
A Sabesp e a Secretaria de Transportes Metropolitanos afirmaram ao Painel S.A. que acompanham o andamento dos trabalhos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), contratado para apurar os fatos e as causas do acidente. Dizem também que foi criado um comitê executivo para monitorar o cumprimento de providências pela empresa responsável pelas obras e assegurar transparência nas medidas.
Segundo os órgãos, representantes de entidades da administração direta ou indireta do Estado e da Prefeitura de São Paulo e de concessionárias de serviços públicos podem ser convidados para participar dos trabalhos.
A Acciona não quis comentar.
com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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