Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
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Representantes de diversos setores da indústria avaliam que a Petrobras exagerou com o mega-aumento anunciado nesta quinta-feira (10).
"Isso é uma situação emergencial e a solução é um conjunto de ações", afirma José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (que reúne o setor dos plásticos).
"Acho que a Petrobras se precipitou ao sair na frente com o aumento dessa magnitude. Resolveu a situação dela, e o problema ficou para os outros, sendo que ela tem um monopólio de derivado de petróleo no Brasil. E é a principal beneficiária do Repetro, que é um subsídio para a indústria do petróleo", afirma Roriz.
José Velloso, presidente da Abimaq (setor de máquinas e equipamentos), afirma que a maior parte do combustível consumido no Brasil é produzido com custo em real. "A Petrobras só consegue repassar 100% dos aumentos do exterior porque é um monopólio. Eu acho que exagerou", diz.
Para José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), trata-se de um problema antigo.
"Isso nem é de agora. Acho até que agora tem um fato justificável. Mas será que ao longo do tempo ela não exagerou e agora acaba colocando em cima do exagero? É muito menos hoje, que o mundo está no turbilhão, mas quem sabe não estejamos pagando um preço por erros anteriores. Toda vez que alguém tentou mexer veio aquela coisa de manipulando preço", afirma.
Humberto Barbato, da Abinee (indústria elétrica e eletrônica), lamenta a alta, mas ressalva que foi a medida necessária diante da crise internacional com a guerra. "O que eu receio é que a gente vai ter crescimento da inflação, custo de vida grande neste ano, porque tudo é carregado no Brasil via diesel", afirma.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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