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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Procura por pílula de iodo avança com guerra na Ucrânia

França envia produto ao país invadido; autoridades alertam para corrida na Europa

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São Paulo

O ministro das relações exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, disse nesta segunda (7) que a lista de medicamentos enviados à Ucrânia inclui comprimidos de iodo para proteger a população dos efeitos da radiação em caso de um acidente nuclear.

A ingestão de iodo é recomendada para evitar câncer na tireoide e foi utilizada pelo Japão após o acidente nuclear de Fukushima em 2011.

Funcionária trabalha em uma farmácia ao lado de uma placa que diz "Não temos comprimidos de iodo" em Zagreb, na Croácia - DENIS LOVROVIC 3.mar.22/AFP

A medida acontece no momento em que Vladimir Putin coloca as forças nucleares russas em alerta máximo.

A procura por iodo também aumentou em diversos países da Europa desde a invasão russa. O movimento, que ocorre mesmo sem a recomendação de autoridades, tem sido comparado por especialistas à procura por ivermectina na pandemia.

O Ministério da Saúde da Eslováquia emitiu comunicado afirmando que não recomenda o estoque antecipado das pílulas e o uso indiscriminado, que pode representar uma ameaça ao sistema cardiovascular.

A Agência Federal de Controle Nuclear da Bélgica também publicou um alerta nas redes sociais afirmando que a situação atual na Ucrânia não requer a ingestão preventiva do mineral e ressaltando a necessidade de prévia recomendação oficial.

Em Portugal, a Sociedade Portuguesa Medicina de Urgência e Emergência alertou para publicidade enganosa a respeito dos comprimidos de iodo que estão circulando pelo país. A entidade chamou a iniciativa de marketing bélico.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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