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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu inflação juros férias

Setor de turismo projeta retomada, mas com viajantes econômicos

Com dificuldade na reposição de frotas, aluguel de veículos teve avanço nos preços

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Rio de Janeiro

O levantamento da FecomercioSP sobre os preços no setor de turismo apontou, em março, uma alta mensal de 6,48% no aluguel de veículos, o que pode ser atribuído à dificuldade de renovação das frotas, segundo Mariana Aldrigui, presidente do conselho de turismo da entidade.

No acumulado de doze meses, o avanço chega a 18,35%.

"Tem mais demanda por carros, para empresas, turismo ou Uber, mas existem menos carros para renovar essa frota e alguns em manutenção. Então, naturalmente tem uma pressão, somado à questão inflacionária dos insumos", afirma.

Jovem salta para mergulhar na praia da Boa Viagem, em Salvador (BA) - France Presse- AFP

No geral, contando os outros itens do setor, houve deflação de 0,62%.

Aldrigui afirma que, com o arrefecimento da pandemia em 2021, as famílias começaram a planejar viagens para outubro, novembro e dezembro. Essa movimentação também fez os preços subirem.

Houve uma nova queda da demanda, e o setor tendeu a se contrair novamente, em um reequilíbrio natural do mercado, o que não deve ser preocupante para as empresas, segundo ela.

O mercado do turismo conseguiu arrecadar R$ 13,2 bilhões em fevereiro, de acordo com o levantamento, aumento de 17,8% se comparado ao mesmo período do ano passado.

"Apesar de existirem empresas que deixam de operar, ou mesmo outras empresas consumidoras de turismo que passam a gastar menos, tem a priorização maior dos gastos feitos pelas famílias. Então, tem mais viagens de lazer, que são pagas pelo orçamento doméstico, e a gente tende a parcelar e fazer opções econômicas, quando possíveis", explica Aldrigui.

Para a professora, o Brasil vive um ano atípico, com crise financeira, eleições e Copa do Mundo deslocada para novembro e dezembro. O cenário otimista de agora, portanto, pode não se sustentar para o resto de 2022 e, a partir de junho, segundo ela, é possível ver uma queda nas arrecadações, que não deve ser drástica.

"É provável que até tenha mais gente viajando em 2022 do que o período equivalente em 2019 e 2020, mas o ticket médio está um pouco mais baixo."

Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins

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