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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Empresários silenciam e elevam grau de incertezas após assassinato de petista

Percepção é a de que insegurança dos períodos eleitorais foi potencializada

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São Paulo e Rio de Janeiro

Apesar do silêncio do setor empresarial, que evitou fazer avaliações públicas sobre o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo de Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho, empresários e diretores de grandes companhias elevaram o grau de preocupação com a escalada da violência política nos próximos meses.

Em conversas privadas, a percepção é que a habitual incerteza inerente aos períodos eleitorais foi potencializada e pode atrapalhar as previsões nos negócios.

Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, que vem estudando a polarização na pré-campanha, a preocupação com a democracia, que já alerta segmentos do empresariado, deve se intensificar.

Sepultamento de Marcelo de Arruda, que foi assassinado neste sábado (9), no cemitério municipal em Foz do Iguaçu - Paulo Lisboa - 11.jul.22/Folhapress

"Temos visto parlamento europeu pressionando por investigação de crimes na Amazônia, temos visto deputados nos EUA pedindo apuração sobre interferência de militares nas eleições. E os representantes do PIB, que é quem mais perde com tudo isso, começam a aumentar articulações que já existiam para a garantia do Estado democrático de Direito", diz Meirelles.

Empresários bolsonaristas que costumam se posicionar sobre o noticiário nas redes sociais emudeceram diante da morte de Arruda.

Nem Luciano Hang nem Salim Mattar ou Winston Ling, que se alinharam a Bolsonaro em 2018, quando o então candidato foi esfaqueado na campanha, quiseram comentar.

"Quanto mais Lula fala, mais evidente fica a sua face autoritária, violenta e antidemocrática", escreveu Mattar, ex-secretário de Desestatização de Bolsonaro.

A ocasião à qual Mattar se referiu foi um ato em Diadema, no sábado (9), em que Lula enalteceu o ex-vereador Maninho do PT. O político citado pelo ex-presidente é réu por tentativa de homicídio qualificado contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, empurrado na rua em 2018.

Luciano Hang, da Havan, também criticou Lula.

"Como pode existir pessoas que cogitam entregar o nosso país novamente nas mãos de um sujeito como esse, que reconhece e aprova a violência?", questionou o empresário.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos

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