Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Pelas contas do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que liderou a criação do teto de gastos em 2016, a PEC que institui o estado de emergência para liberar bilhões em benefícios antes da eleição não deve ajudar Bolsonaro a ganhar muitos pontos com o eleitorado.
Na opinião dele, o efeito vai ser pequeno porque a manobra gera inflação e desconfiança.
"A inflação causa erosão no eventual ganho daquelas pessoas que recebem o auxílio e também no rendimento daqueles que não recebem o auxílio", afirma.
Para Meirelles, já não há mais tempo para o que devia ter sido feito.
"Se o governo quer gastar um pouco mais, seja em despesas sociais, seja em infraestrutura, que não é o caso, a solução é muito simples. Faz a reforma administrativa, corta o que vai reduzir o custo da máquina substancialmente, enfrenta esse problema, e abre espaço no teto. Faz também uma reforma tributária ampla, séria", afirma.
Segundo ele, quem ganhar a eleição vai ter dificuldade de administrar o país no ano que vem. "A economia vai sofrer com essa questão, essa desconfiança fiscal, esse problema de burlar o teto. Foram feitas despesas extra para a pandemia, só que não é esse o caso hoje", diz.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters