Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Novas medidas na indústria tabagista dão sinais sobre futuro do cigarro
Setor tem dias intensos com processos na Anvisa e na FDA americana
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A indústria tabagista tem vivido dias intensos nesta semana com sinalizações contrárias de órgãos reguladores sobre o destino desse mercado, que, como a própria fabricante Philip Morris já afirma, deve parar de vender cigarros no futuro.
Aqui no Brasil, nesta quarta (6), a diretoria da Anvisa aprovou relatório sobre os chamados dispositivos eletrônicos para fumar. O documento concluiu pela manutenção da medida que proíbe esse tipo de produto no Brasil. Os próximos passos ainda incluem proposta de texto normativo e novas votações e consultas.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a agência de saúde FDA decidiu suspender temporariamente a ordem dada à empresa de cigarros eletrônicos Juul para que removesse seus produtos do mercado americano.
Segundo a agência, há questões científicas exclusivas à marca que justificam uma revisão adicional, mas isso não significa que a decisão anterior foi rescindida.
Gigantes como a Philips Morris, que trabalha com meta de eliminar o cigarro tradicional em alguns anos mas precisa ter a porta aberta para o seu novo dispositivo eletrônico que aquece refil de tabaco sem fumaça, seguem atentas ao debate sobre regulamentação. Segundo a empresa, seu produto é diferente dos cigarros eletrônicos.
Em busca de uma nova vocação no futuro, a companhia também tem olhado para outros segmentos, como o de remédios para asma.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos
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