Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Santas Casas pedem para participar de ação no STF contra piso da enfermagem
Entidade aponta impactos da elevação dos custos na operação
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O movimento do setor de saúde contra a nova lei do piso da enfermagem teve um novo reforço nesta terça-feira (16). A CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) protocolou um pedido para entrar como amicus curiae (interessado na causa) na ação no STF (Supremo Tribunal Federal) que pede a nulidade da lei sobre a remuneração dos profissionais, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro neste mês.
A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi proposta pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde) e já teve outras solicitações de amicus curiae por entidades do setor, como a ABCDT (Associação Nacional dos Centros de Diálise e Transplante).
A figura do amicus curiae auxilia os tribunais em assuntos de interesse público.
A CMB quer mostrar os impactos do novo piso salarial no âmbito das Santas Casas, considerado o segmento mais afetado pela medida. A avaliação é a de que o novo piso vai inviabilizar o atendimento dos hospitais sem fins lucrativos. Seriam adicionados mais de R$ 6 bilhões em custos anualmente, diz a entidade.
"Em 2005, a dívida das Santas Casas era de R$ 1,8 bilhão. Em 2009, esse número subiu para R$ 5,9 bilhões. Em 2011, foi alcançado o patamar de R$ 11,2 bilhões. Em 2015, a cifra atingiu R$ 21,6 bilhões. Atualmente, é difícil até mesmo precisar um número", diz a entidade.
Segundo a CMB, 25% de todos os hospitais do país são filantrópicos e cerca de 30% dos profissionais de saúde beneficiados pela nova lei atua em uma unidade privada que não visa lucro.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters