Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Ressocialização de menores infratores vira negócio em MG
Parceria Público-Privada para educação e recolocação de menores infratores vira negócio com taxa de retorno
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Um acordo fechado entre a União, o governo de Minas Gerais e a ONU prevê a construção de dois centros de reabilitação para jovens infratores que, além do compromisso social, funcione como um negócio rentável. A previsão é que a licitação ocorra em março do próximo ano.
Com investimentos privados da ordem de R$ 800 milhões ao longo e trinta anos de contrato, a parceria público-privada quer operar com taxa média de retorno de 10% ao ano à empresa que vencer a concorrência, modelo de negócio que, se der certo, deverá ser replicado em outros estados.
Pelo acordo, a iniciativa privada será responsável pela construção, gestão e atendimento nos dois centros de internação para jovens que cometeram delitos. As cidades escolhidas foram Betim e Santana do Paraíso. Inicialmente, terão 90 vagas cada.
Caberá ao poder público a fiscalização do contrato e a garantia da segurança e integridade nas unidades.
A parceria tem apoio técnico do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops).
Entre as atribuições do parceiro privado, estão a de manter a infraestrutura adequada nos centros e a prestação de serviços aos jovens.
Estão previstos atendimento multidisciplinar, educação, formação profissional e ações para fortalecimento de vínculos com a família e a comunidade.
O projeto tem o objetivo de qualificar o atendimento aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, ampliando as chances do rompimento da trajetória infracional.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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