Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Indústria química reclama de medida do governo e quer incentivo para uso de hidrogênio
Projeções da Abiquim, associação do setor, indicam déficit comercial de US$ 60 bi com política de redução de impostos de importação
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A indústria química nacional quer que Lula encampe seu plano de retomada para recuperar a perda de competitividade registrada nos últimos anos.
O presidente da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) André Passos Cordeiro, disse à coluna que o setor deve fechar com um déficit de quase US$ 60 bilhões na balança comercial (mais importações que exportações).
"Essa diferença era de US$ 20 bilhões, em 2019, chegou a US$ 30 bilhões, em 2020, e vamos dobrar neste ano devido à política de redução de tarifas de importação", disse.
Para ele, esse descompasso ocorreu devido à política de redução do imposto de importação que, ao invés de estimular a concorrência com estrangeiros, tomou mais mercado da indústria nacional.
Cordeiro vai apresentar um balanço do setor e os principais pontos da agenda do setor para autoridades e investidores nesta segunda-feira (12), em São Paulo. O governador eleito Tarcísio de Freitas foi convidado.
As empresas defendem a reforma tributária e a aprovação de um marco legal para o uso do hidrogênio como insumo da indústria —que consideram ser menos poluente e mais eficiente.
"No entanto, precisa de incentivo [fiscal] para se desenvolver", disse Cordeiro. "É como a energia solar e eólica."
Além disso, querem a aprovação de uma lei que cria as regras para o mercado de carbono no país, forma de compensação àqueles que investem em energia limpa. Também querem a regulamentação do Novo Mercado de Gás, mesmo sabendo que, com o PT no comando, a Petrobras pode voltar a ter mais força nesse mercado.
"Sem a regulamentação, não há como investimentos em dutos ocorrerem e hoje estamos perdendo mais da metade do gás extraído no país porque não há como distribuí-los."
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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